Diógenes Nunes Souza é o pai de M.C de 6 anos de idade, na sexta feira 18, procurou o Programa Jornal da Hora da Rádio Sociedade News FM, para denunciar 6 escolas particulares de Feira de Santana, ele demostrou indignação com a postura de algumas escolas particulares da cidade.
Segundo Diógenes, sua filha tem Espectro Autista, foi diagnosticada desde os dois anos, “nós buscamos dar todo tipo de tratamento e atenção para ela”, conta.
“Os Neurologistas e psicopedagogos falam da importância fundamental dela entrar na escola para seu desenvolvimento, a criança evoluiu muito, porém com a pandemia saiu das aulas presenciais para modalidade remoto, mas não era viável para ela”, diz Diógenes.
“Tentamos matricular nossa filha em outras escolas, mas quando a mãe dizia que a pequena é Autista, cerca de 6 escolas sempre falavam que não tinham vagas , o mais revoltante foi que na semana passada quando fomos em unidade escolar, estava tudo certo para matricular , assim que entregamos os documentos e o dinheiro para pagamento , a recepcionista informou que teria que conversar com o coordenadora do curso e que não tinha mais vagas, isso aconteceu após a mãe dizer a particularidade da criança”, relata.
Segundo a recepcionista, houve um erro de comunicação entre a coordenadora e a mesma. “Saímos muito tristes , porque minha filha gostou do ambiente escolar e chorou, quando fomos embora”.
“Como a mãe tinha feito os contatos com as escolas, após as negativas enviei mensagem pelo Whataspp perguntando se tinha vaga para o 1º ano do Ensino Fundamental, todas as escolas confirmaram sim, tem vagas”, diz.
Conversei, que estava chegando de viagem e iria para fazer a matrícula, foi quando perguntei qual o procedimento adotado para acolher uma criança com Aspecto Autista.
A funcionária respondeu, tem que conversar com a coordenadora, então disse Diógenes, graças a Deus que tem vagas, a mesma afirmou, “as vagas são limitadas devidos aos protocolos da Covid.”
“Quando diz que acriança é autista, a vaga desaparece, a lei garante que as crianças com deficiência tenham acesso a escola. “Se a escola tem estrutura é para agregar qualquer aluno, não foi só essa escola, há distinção e preconceito velado com o direito da criança em Feira”, declarou.
“Algumas escolas até alegaram que o número de cotas foi atingido, outra disse, não trabalhamos com criança autista, tudo que estou falando tenho como provar”, disse.
“Estamos com apoio jurídico e encaminhando as provas para o a Ministério Público da Bahia (MP-BA) e também uma ação cível, Diógenes Souza deixa um alerta para os pais: conheçam o direito dos seus filhos”, alertou.
Direito da criança Autista
A Lei Berenice Piana (12.764/12) criou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que determina o direito dos Autistas a um diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamento pelo Sistema Único de Saúde, o acesso à educação e à proteção social, ao trabalho e a serviços que propiciem a igualdade de oportunidades. Esta lei também estipula que a pessoa com transtorno do espectro Autista é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais.
Fonte: Conectado News