Paraíso Perdido: Entenda crimes relacionados à pousada de luxo na Praia dos Garcêz

Foto: Reprodução / UOL

Duas blogueiras foram presas nas imediações da Pousada Paraíso Perdido, na Praia dos Garcêz, em Jaguaripe, nesta segunda-feira (11). Acusadas de fugirem do local após a morte de dois homens que acompanhavam, Laylla e Adrian Grace estavam a bordo de uma caminhonete quando foram encontradas pela polícia.

Mas não foi a primeira vez que o estabelecimento de onde estavam saindo chegou ao noticiário policial. O proprietário, Leandro Silva Troesch, foi morto no local em 25 de fevereiro deste ano.

Ele foi encontrado morto com marcas de tiros enquanto estava com a esposa, Shirley da Silva Figueiredo. Duas linhas de investigações foram levantadas: a de que ele teria se suicidado ou de que alguém teria o assassinado.

Ambos os membros do casal tinham em suas fichas criminais condenações por roubo e sequestro de uma mulher em Itapuã, em 2001. Eles foram presos em fevereiro de 2020, na mesma Paraíso Perdido. Os dois trabalhavam normalmente na pousada de luxo quando foram abordados por policiais civis de Valença. Além da hospedaria em que foram detidos, eles mantinham outra, a Aconchego das Águas, também em Jaguaripe.

A prisão aconteceu dez anos após serem condenados, em 2010. Na época, Leandro foi sentenciado a 14 anos de reclusão e sua companheira a 9 anos. Três outras pessoas foram acusadas pelo Ministério Público por envolvimento nos crimes. A vítima foi mantida em cárcere privado em um imóvel alugado pelo grupo.

Um segundo assassinato foi registrado pela polícia no dia 7 de março: Marcel da Silva Vieira, apelidado de Bily, funcionário do local e tido como testemunha-chave para a investigação do assassínio de Troesch, foi encontrado morto.

A vítima era amigo de Leandro Troesch desde a época em que eles também estiveram presos na Mata Escura. A investigação apontou que um adolescente de 17 anos estivesse envolvido no crime.

Após a morte do empresário, em 14 de março deste ano, a Justiça decretou a prisão preventiva de Shirley. Considerada como a principal suspeita do homicídio, ela cumpria prisão domiciliar, foi intimada a prestar esclarecimentos, não foi encontrada e era considerada, mais uma vez, foragida.

Junto com ela, uma amiga que trabalhava na Paraíso Perdido, Maqueila Bastos, também teve a preventiva decretada. Elas foram colegas de detenção durante o período em que a esposa de Leandro esteve presa na Penitenciária da Mata Escura.

Maqueila respondia a vários crimes de estelionato e havia sido demitida da pousada dez dias antes da morte do proprietário, que não aprovava a amizade da companheira com a mulher.

No dia 16 de março, o jovem acusado da morte de Bily foi apreendido, após se apresentar na Delegacia de Nazaré, à 22 quilômetros de Jaguaripe. De acordo com o delegado Rafael Magalhães, ele estava na companhia de um advogado e declarou que não se apresentou na cidade onde o crime aconteceu por receio de ser linchado.

Oito dias depois, em 24 de março, Maqueila foi presa em Aracaju, Sergipe. As informações da época dão conta de que ela poderia ter participado das duas mortes, tanto de Leandro Troesch quanto de Marcel (Bily).

E, no último dia 4, outro acusado da morte de Bily, identificado como Joelton Santos Santana, foi localizado em Ipiaú. O homem era funcionário da pousada em que todos os outros trabalhavam.

Maqueila foi transferida da carceragem da 2ª Delegacia Metropolitana (2ª DM), em Aracaju, para Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), em Salvador, no dia seguinte.

Nesta segunda-feira (11), ela voltou para o Presídio Feminino de Salvador, no Complexo da Mata Escura.

Fonte: Bahia Notícias



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