Rafael Magalhães, delegado que investiga caso da pousada Paraíso Perdido se aposenta

Polícia Civil ainda não designou novo delegado titular para a Delegacia Territorial de Jaguaripe, mas a 4ª Coordenadoria Regional acompanha o caso. Rafael Magalhães estava afastado desde o dia 14 de maio.

Rafael Magalhães, delegado responsável pelas investigações do caso da pousada Paraíso Perdido, que envolve a morte do empresário Leandro Troesch e do funcionário Marcel da Silva Vieira, se aposentou do cargo.

A publicação foi feita no Diário Oficial no sábado (14). A Polícia Civil informou que ainda não foi designado um novo delegado titular para a Delegacia Territorial (DT) de Jaguaripe, mas a 4ª Coordenadoria Regional (Coorpin) acompanha o caso.

Uma reprodução simulada na pousada Paraíso Perdido estava marcada para segunda-feira (23). Com a mudança do delegado, o processo foi adiado e não tem data para acontecer.

Polêmica envolvendo a investigação do caso

Após ouvir o depoimento de Maqueila, Rafael Magalhães havia sido afastado do caso. Rafael Magalhães foi surpreendido no dia 7 de abril com uma portaria assinada pela delegada geral da Polícia Civil, Heloisa Brito, que o transferia para a cidade de Santo Antônio de Jesus.

À época, ele disse não entender o motivo do afastamento. “Sem justificativa, sem fundamentos, apenas a transferência para um outra cidade, sem explicação. É inadmissível, um trabalho bonito e bem feito que eu estou fazendo e simplesmente aconteceu esse episódio”, contou o delegado.

No mesmo dia, o afastamento foi revisto. Em nota, a Polícia Civil informou que, “considerando a necessidade de conclusão das investigações sobre as mortes de Leandro Troesch e Marcel Vieira, a remoção do delegado Rafael Godinho Magalhães, titular da Delegacia Territorial de Jaguaripe, foi revista, sendo tornada sem efeito”.

Ainda em nota, a Polícia informou que a transferência do servidor já havia sido solicitada antes da atual investigação. “O servidor continuará presidindo o inquérito que está em andamento sobre o caso”, diz o texto.

Prisão de Shirley

Shirley da Silva Figueredo foi presa no dia 9 de maio, na cidade de Iaçu e transferida no mesmo dia para uma casa de detenção em Salvador.

A viúva de Leandro Troesch é suspeita de envolvimento na morte do marido. Shirley foi detida por descumprir as medidas de prisão domiciliar.

Ela já havia sido condenada a nove anos de detenção por participar de um crime de extorsão mediante sequestro, junto com o marido, em 2001. Ela estava em prisão domiciliar e fugiu após a morte do empresário, ocorrida em fevereiro deste ano.

Entenda o caso
A pousada começou a alimentar os noticiários policiais com as prisões de seus donos, Leandro Silva Troesch e Shirley da Silva Figueredo, em fevereiro de 2021, após serem condenados por roubo e extorsão mediante sequestro contra uma mulher em Salvador. Um ano depois, Leandro foi encontrado morto dentro de um dos quartos – ele e Shirley estavam respondendo pelos crimes em liberdade.

Desde então, mais fatos foram surgindo, assim como novos envolvidos. Após o sumiço de Shirley, a polícia chegou até o nome de uma amiga dela, Maqueila Bastos. Elas se conheceram no presídio feminino. Os investigadores descobriram ainda que Maqueila havia sido demitida da pousada dez dias antes da morte de Leandro, que não aprovava a amizade entre a esposa e ex-presidiária.

Sem Shirley e Maqueila, a polícia contava com o depoimento de Marcel Silva, o Billy, amigo de infância de Leandro que o reencontrou no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Marcel era uma pessoa de confiança de Leandro e por isso era considerado “peça-chave” no inquérito que apura a morte do patrão, mas foi assassinado um dia antes de prestar depoimento.

Diante das novas informações, a polícia considerou importante o interrogatório de Shirley e Maqueila e, por isso, as prisões delas foram decretadas pela Justiça. Somente Maqueila foi localizada. Ela estava em Aracaju e foi trazida para Salvador, onde ficou custodiada na Delegacia Especial de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derrca). A Justiça, no entanto, não converteu a prisão temporária em preventiva, e ela foi liberada.

A pousada Paraíso Perdido, situada na Praia dos Garcez, continua funcionando.

As informações são do G1 e Correio

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