Estudante da UFRB de Amargosa desabafa após ser impedida de permanecer em residência estudantil com seu filho

sufrb-5-460x259Uma estudante do curso de Licenciatura em Matemática do Centro de Formação de Professores, em Amargosa, usou seu perfil do Facebook para desabafar após ter seu auxilio de permanência na universidade, a residência estudantil, revogado, devido a presença de seu filho na residência. A estudante foi denunciada e impedida de continuar na residência.

 Confira abaixo na íntegra:

“Meu nome é Juliana, sou estudante de Matemática e preciso me formar!
Recebi uma ligação hoje cedo da assistente social da PROPAAE, pedindo para que eu comparecesse na sala dela. Chegando lá, a mesma me informou que havia recebido a DENÚNCIA de alguém, que uma estudante estava morando com o seu filho na Residência Estudantil. Ora, quem não sabe que eu moro na residência com meu filho?! Fui lá com meu filho, e ela me pergunta “Isso procede Juliana?”. Sim!, respondi. Não sei qual foi o real objetivo dessa pessoa ao realizar esta denúncia mas, com certeza esta não sabia que isso impossibilitaria a minha permanência na Cidade e, consequentemente na universidade. Agora falaram que tenho que sair da residência e me virar com um auxílio moradia. É válido salientar que desde o ano passado tento o auxílio creche para que eu possa frequentar às aulas sem que precise levar meu filho para sala. Coisa que fiz todo semestre. Mas a PROPAAE alegou várias situações e no fim falou que não tinha orçamento para tal. Hoje meu filho esta na fila de espera para entrar na creche pública e a creche particular tem a mensalidade de 300,00 reais por mês. Como vou concluir meu curso? Que permanência fajuta é essa? Mas uma vez a mulher é refém do sistema e da sociedade patriarcal onde só beneficia o homem! Desde o inicio venho enfrentando obstáculos para concluir a porra desse curso e o que eu vejo é só empecilhos! Empecilho nas tarefas domésticas, devido ao meu afastamento da licença maternidade; Empecilhos para assistir aulas; Empecilhos para realizar provas. Venho engolindo tudo de forma calada, mas agora não deu. Meu histórico nesta universidade sempre foi de lutas por melhorias, mas agora que estou “vulnerável” me atacam e me encurralam. Fica aqui minha indignação como mulher, mãe e estudante de uma universidade que finge assistencialismo.” As informações são do Amargosa News.

(Mídia Bahia)



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