SSA: Lojistas reclamam de ‘bonde dos adolescentes’ coagindo clientes dentro de shopping

Foto: leitor/Metro1

 

A cena se repete com frequência. Menores de idade, em grupo, abordam clientes dentro de lojas no Shopping da Bahia e pedem dinheiro ou a compra de alguma mercadoria. Um gerente de uma grande loja, em anonimato, reclama da abordagem dos jovens aos clientes, que seria agressiva quando eles têm o pedido negado. O mesmo gerente contou que os menores provocam tumulto ao serem interpelados pelos seguranças internos das lojas.

“Eu não posso falar meu nome porque corro o risco de ser demitido por justa causa se a loja descobrir que eu estou fazendo essa reclamação na imprensa. Mas a situação está complicada e a gente não sabe mais a quem apelar porque a administração do shopping não quer atuar como medo da repercussão na mídia”, relata o gerente.

Ele ainda conta que, ao receber a reclamação dos consumidores, os orienta a registar a insatisfação no Serviço de Atendimento ao Cliente do Shopping.  O gerente diz que os incômodos são provocados sempre pelo mesmo grupo formado por seis jovens. “Um cliente já brigou com um deles e o menor arremessou um pote de vidro. Ontem eles apertaram o botão para baixar a porta da loja” relata.

O Shopping da Bahia informou, por meio de nota, que a solução para o problema não é apenas tirar os jovens de lá. Segundo a nota, o empreendimento faz parte de um grupo de trabalho junto com os outros shoppings da cidade, Ministério Público, Conselho Tutelar, Instituto IRIS e outros órgãos públicos da rede de proteção à infância e adolescência.

“Esse diálogo vem acontecendo há, pelo menos, quatro anos e estamos construindo um fluxo para encaminhar essas crianças e adolescentes para a ressocialização, garantindo sua dignidade e direitos”, diz a nota. O shopping também informou que conta com assistentes sociais e psicólogas que atuam diariamente com esses jovens, tentando acolher, identificar e mapear as suas famílias e “apoiar nesse processo longo e complexo de ressocialização”, diz a nota.

Confira a nota completa do shopping:

O Shopping da Bahia entende que a presença de menores em situação de vulnerabilidade dentro das suas dependências é uma realidade social, agravada pela situação econômica que o país vem vivendo nos últimos anos

Em virtude disso, o empreendimento faz parte de um grupo de trabalho junto com os outros shoppings da cidade, Ministério Público, Conselho Tutelar, Instituto IRIS e outros órgãos públicos da rede de proteção à infância e adolescência. Esse diálogo vem acontecendo há, pelo menos, 4 anos e estamos construindo um fluxo para encaminhar essas crianças e adolescentes para a ressocialização, garantindo sua dignidade e direitos.

O empreendimento entende que a solução não é apenas tirar os jovens do shopping, mas sim buscar uma solução construída coletivamente. Por isso, temos um programa que conta com assistentes sociais e psicólogas que atuam diariamente com esses jovens, tentando acolher, identificar e mapear as suas famílias e apoiar nesse processo longo e complexo de ressocialização

Ressaltamos também que somos contra qualquer tipo de exploração de trabalho infantil e, neste momento, temos uma campanha de comunicação com peças dentro do shopping trazendo mensagens neste sentido.

*Reportagem Metro1



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