Prefeitura de Salvador e governo anunciam novas medidas contra a covid

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A prefeitura de Salvador e o Governo da Bahia voltaram a adotar medidas para reduzir o impacto no sistema de saúde e reduzir a taxa de contaminação por Covid-19.

Após avanço da ômicron na Bahia, a gestão municipal anunciou nesta quinta-feira (27) que decidiu retomar a fiscalização do uso de máscaras na região da Barra.

A medida tem efeito imediato e os pórticos, ocupados por agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), serão instalados já nesta sexta-feira (28) no trecho entre o Barra Center e o Porto da Barra.
Segundo o prefeito Bruno Reis, a medida é para conscientizar a população sobre o uso de máscaras e o risco de aglomerações

Questões como o acúmulo exagerado de pessoas em um mesmo trecho, distanciamento social e acesso das pessoas no calçadão e na faixa de areia também serão monitoradas pelos agentes da GCM.

“Vamos distribuir máscaras, e vamos estar com a guarda municipal nesse trecho para evitar aglomeração e cumprir os protocolos exigidos dos decretos”, disse Reis.

Ainda na ocasião, o prefeito apelou para que os soteropolitanos contribuam no cumprimento dos protocolos, fazendo com que as medidas sejam ainda mais efetivas.

“Não tenho condições de monitorar e fiscalizar 64km de Orla, mais de 3 mil bares e restaurantes.[..] O que a prefeitura pode fazer é a adoção dessas medidas e conto mais uma vez com o apoio da população”, finalizou.

Outras medidas

Além da fiscalização na Barra, a prefeitura anunciou ainda três medidas como resposta ao momento crítico na saúde da população soteropolitana.
Uma delas é a abertura de mais leitos exclusivos adultos e pediátricos para covid-19, que estarão disponíveis já  nesta quinta-feira. As unidades serão disponibilizadas no Hospital Santa Izabel e no Martagão Gesteira.

Para as crianças, a rede de atendimento será ampliada em 50%, com a contratação de 10 novos leitos de UTI pediátrica. Uma medida que pretende dar folga para a cidade no setor, que anda trabalhando com 90% de ocupação nos últimos dias.

A última medida anunciada pela prefeitura foi a volta da tenda do Complexo do Barris com 10 leitos semi-intensivos, com suporte ventilatório para atender casos mais complexos na próxima quarta-feira (2).

Ao comentar a situação atual, Bruno Reis chegou a comparar a cidade com um “cenário de guerra”, devido a pressão no setor de saúde. “Você vê ali a UPA, o gripário e agora a tenda. A sensação é de estar em um acampamento de guerra, e é verdade”, desabafou.

Mais leitos na Bahia

Ainda nesta quinta-feira, o governador Rui Costa também anunciou ações de combate à pandemia no estado. A principal delas é a abertura de novos leitos para atender à demanda da covid-19 na Bahia. Serão 230 unidades espalhadas pelos hospitais Espanhol, Metropolitano, Couto Maia e Riverside.

“Essa semana eu autorizei 230 novos leitos, sendo 60 de UTI e o restante de enfermaria. São 230 só este mês. O que não foi aberto será aberto até a semana que vem”, projetou Rui.

Além do aumento dos leitos, o governador também anunciou, sem quantificar, que profissionais de saúde serão contratados para ocupar as vagas dos que foram afastados por estarem doentes.

O avanço da ômicron preocupa a gestão, apesar do menor impacto nos leitos de UTI, que não é proporcional ao número de casos, mas vem crescendo.

“Em dezembro, tínhamos 180 pessoas internadas em UTI e já estamos chegando a 400 agora. Nós estamos em locais do estado com 100% de ocupação de leitos de UTI covid”, alertou o governador.

Vacinação de crianças

A imunização de crianças de 5 a 11 anos também foi pauta. Rui avisou que não vai cobrar comprovante de vacina para que os pequenos voltem a estudar.

“Você pode exigir de quem é maior de idade porque a decisão cabe, exclusivamente, a essa pessoa. Agora, quem é menor de idade tem aspectos legais e não convém negar já que ele não decide sozinho se vacina ou não”, explicou.

Bruno Reis voltou a criticar burocracias impostas pelas esferas estadual e federal na vacinação contra a covid-19 para as crianças. Entre as exigências, estão a espera de 20 minutos após a aplicação de vacinas e a documentação estabelecida pelo Ministério da Saúde.

“Por que nós aqui da prefeitura que temos menor de decisão e mais atribuição? Nós estamos com 1.800 profissionais trabalhando de domingo a domingo, sem 1 real de ajuda do governo do estado e do governo federal. Se alguém tem culpa são eles que ficam estabelecendo burocracias que a gente tem que cumprir”, reclamou, durante a  entrega da 3ª etapa de requalificação do entorno do Farol de Itapuã.

Em Salvador, apenas 21% das crianças entre 5 e 11 anos foram vacinadas. Para o prefeito, as exigências reduzem o ritmo de vacinação.

“Agora é fato que, quanto mais exigência para vacinar, quanto mais burocracia, mais o ritmo é devagar e menor. Eu só cumpro regras”, afirmou o prefeito.

*Correio



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