Coronavírus pode sobreviver por até 28 dias em superfícies lisas, diz estudo

Pesquisadores da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), agência nacional de ciência da Austrália, descobriram que o Sars-CoV-2 pode sobreviver por até 28 dias em superfícies comuns, incluindo cédulas, vidro e aço inoxidável. O achado foi compartilhado na quarta-feira (7) no Virology Journal.

“Estabelecer por quanto tempo o vírus realmente permanece viável em superfícies nos permite prever e mitigar sua disseminação com mais precisão, e fazer um trabalho melhor de proteger nosso povo”, disse Larry Marshall, diretor executivo da CSIRO, em comunicado.

No novo estudo, os especialistas descobriram que o novo coronavírus tem mais chances de sobreviver em temperaturas mais baixas, em torno dos 20 graus Celsius. Conforme o calor aumenta, chegando aos 30ºC e aos 40ºC, sua chance de sobreviver diminui.

“A 20 graus Celsius, aproximadamente a temperatura ambiente, descobrimos que o vírus era extremamente robusto, sobrevivendo por 28 dias em superfícies lisas, como o vidro encontrado em telas de telefones celulares e notas de plástico”, afirmou Debbie Eagles, uma das pesquisadoras, em declaração. “Para contextualizar, experimentos semelhantes realizados com o Influenza A [causador da gripe comum], apontam que ele sobreviveu em superfícies por 17 dias, ressaltando o quão resistente o Sars-CoV-2 é.”

Para a análise, os cientistas testaram a taxa de sobrevivência do vírus causador da Covid-19 em diversas superfícies, utilizando uma solução sintética com concentração viral semelhante à relatada em amostras de pacientes infectados. O estudo foi realizado no escuro para remover o efeito da luz ultravioleta, pois outras pesquisas já demonstraram que a luz solar direta pode inativar rapidamente o vírus.

Avaliando a evolução dos microrganismos ao longo de um mês, a equipe descobriu que o novo coronavírus tende a sobreviver mais em superfícies não porosas ou lisas, como vidro, aço inoxidável e vinil, em comparação com superfícies porosas, como algodão. Entretanto, avaliando cédulas de dinheiro, os estudiosos observaram que o microrganismo sobreviveu mais em notas de papel do que em notas de plástico.

Fonte: Galileu



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