Um acordo apresentado pela farmacêutica Pfizer ao governo federal tentou vender 70 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus em agosto do ano passado ao Brasil. Apesar da tentativa, a negociação não foi adiante, conforme revelou a empresa em comunicado divulgado na quinta-feira (07).
“Vale reforçar que a Pfizer encaminhou três propostas para o governo brasileiro, para uma possível aquisição de 70 milhões de doses de sua vacina, sendo que a primeira proposta foi encaminhada pela companhia em 15 de agosto de 2020 e considerava um quantitativo para entrega a partir de dezembro de 2020”, afirmou.
Conforme a farmacêutica, os termos do acordo foram os mesmos apresentados a outros países que já iniciaram a campanha de vacinação. Os detalhes, contudo, não foram revelados por causa de um tratado de confidencialidade assinado entre a empresa com o governo brasileiro no final de julho.
“Países como Estados Unidos, Japão, Israel, Canadá, Reino Unido, Austrália, México, Equador, Chile, Costa Rica, Colômbia e Panamá, assim como a União Europeia e outros países, garantiram um quantitativo de doses para dar início à imunização de suas populações, por meio de acordo que engloba as mesmas cláusulas apresentadas ao Brasil”, completou.
Tanto o presidente Jair Bolsonaro, quanto o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, criticaram a vacina da empresa norte-americana. Ambos alegam que a Pfizer não se responsabiliza por qualquer efeito colateral. Nesta semana, Pazuello pediu um “tratamento compatível” com o Brasil que “amenize essas cláusulas”.
Fonte: Bahia.ba