O município de Santo Antônio de Jesus tem registro de 68 óbitos por Covid-19 e 18.069 exames realizados. Desde o começo da pandemia, o município tem realizado medidas para conter o avanço do vírus, mas sem fazer distribuição da Ivermectina ou qualquer outro medicamento.
O Blog do Valente fez a comparação de SAJ (102 mil habitantes), com a cidade Itajaí em Santa Catarina (223 mil habitantes) que fez uso do referido medicamento e teve mais mortes. Segundo o último boletim epidemiológico desta terça-feira (2), Itajaí registrou 364 mortes por Covid-19 e 105.466 testes realizados.
Levando em consideração o número de mortes por mil habitantes Itajaí apresenta 223.112 – 364 – 1,63 e Santo Antônio de Jesus apresenta 102.380 – 68 – 0,67, sendo assim Santo Antônio apresenta menos da metade de Itajaí.
O município é conhecido por fazer distribuição de Ivermectina como tratamento preventivo. A prefeitura havia montado uma estrutura no centro eventos e distribuiu gratuitamente mais de 3 milhões do remédio, no ano passado.
Apesar de ter mais habitantes, Itajaí tem mais óbitos do que Santo Antônio de Jesus, mostrando que a Ivermectina não previne.
Para o vereador de Santo Antônio de Jesus, Dr. Gil, a atual gestão está atrasada na distribuição da Ivermectina e defende que o remédio tem eficácia na prevenção. Questionado pelo radialista Léo Valente no Programa do Valente desta terça-feira (02), sobre o local que essa experiência deu certo, o médico não respondeu.
O uso do medicamento sem comprovação científica, bem como da Cloroquina, tem sido defendido, desde o começo, pelo presidente Jair Bolsonaro.
Após ter um aumento de suas vendas em mais 600%, a MSD, farmacêutica responsável pela fabricação da ivermectina, informou em comunicado que não há dados disponíveis que sustentem a eficácia do medicamento contra a Covid-19.
Um estudo de responsabilidade da Fiocruz Amazônia e da Universidade Federal do Amazonas aponta que pacientes que tomaram ivermectina ou outros remédios como “tratamento preventivo” para evitar a covid-19 tiveram maiores taxas de infecção que aquelas que não tomaram nada.
O resultado está associado a uma pesquisa que avaliou os fatores de risco do coronavírus em Manaus e ainda é preliminar, em avaliação por especialistas da área, segundo o El País.
Vale salientar que a automedicação, sem orientação médica ou diagnóstico, causa grande risco à saúde.