Já se espera o impeachment, diz ex-diretor do Banco Mundial

Para o ex-diretor do Banco Mundial Moisés Naim, a crise política brasileira é uma manifestação “extrema” das tendências globais que ele define em seu livro, o Fim do Poder.

“(No Brasil de hoje) você tem muitos indivíduos, instituições e grupos com força para bloquear uma agenda (que vinha sendo implementada), mas a questão é que ninguém tem poder para impulsionar uma nova agenda. E o resultado é essa paralisação do país”, disse Naim.

A BBC Brasil questionou o ex-diretor sobre como um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff poderia ser percebido no exterior e Naim responde que “no geral, já se esperando o afastamento e se ele não ocorrer será uma surpresa”.

Para Naim, é “insólito” que cerca de metade dos integrantes da comissão de impeachment sejam réus em processos que vão de corrupção a crimes mais graves.

Na visão do ex-diretor do Banco Mundial, o país necessita tomar decisões urgentes sobre sua política econômica. “E o problema é que sistema – que inclui o Executivo, Legislativo, partidos políticos e a sociedade em geral – está sendo incapaz de permitir isso”, falou.

“Há coisas práticas que precisam ser feitas. Não se pode ter um déficit fiscal como há no Brasil, por exemplo. É preciso respeitar essas leis da economia que quando as commodities estavam muito altas – e os recursos eram abundantes – muitos tinham a ilusão que podiam ignorar.” (Notícias ao Minuto)



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