Gasolina e diesel sofrem mais um reajuste nas refinarias

Gasolina e diesel sofrem mais um reajuste nas refinarias

Diante de 14 reajustes realizados só neste ano pela Petrobras, a gasolina e o diesel terão mais um aumento que passa a valer a partir de hoje (26) nas distribuidoras de todo país. Com a alta, o preço médio de venda da gasolina passa de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, um reajuste médio de R$ 0,21 por litro, o que resultou num aumento de 7,04%. Esse é o segundo aumento no preço do combustível este mês, tendo o seu último anunciado no dia 9 de outubro, quando a gasolina já havia subido 7,2%.

Já o litro do diesel A passa de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro, tendo uma de alta de 9,15%. O último aumento do combustível havia sido em 28 de setembro, em 8,89%. No ano, o diesel já acumula um crescimento de 65,3% nas refinarias e a gasolina em 73,4% no mesmo período.

“O barril do petróleo está em alta no mercado internacional e essa trajetória de aumento acaba influenciando nos preços dos derivados, além do fruto da desvalorização do real que está cada vez mais decaindo, ou seja, o problema da alta dos combustíveis está na política de preços da Petrobras e não no ICMS que mesmo se tivesse sido reduzido, isso não impediria da petroleira aumentar os derivados nas refinarias, aumentos esses elevados e assustadores”, diz Radiovaldo Costa, diretor de comunicação do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro).

Nos postos da capital baiana, o preço médio da gasolina ficou em R$ 6,11 o litro na semana passada, com o valor máximo chegando a R$ 6,69 de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já o óleo diesel, registrou preço médio de R$ 5,16 e máximo de R$ 5,49 o litro.

Para o presidente do Sindicombustíveis-BA, Walter Tannus, os reajustes elevados anunciados pela Petrobras são totalmente discordados pelo sindicato. “Mesmo entendendo a política de preços da petroleira, os aumentos são de uma forma absurda. Em termos de repasse ao consumidor final, não temos como falar em valor repassado, isso cabe exclusivamente a cada revendedor e com toda precaução a oportunidade em aplicar ou não esse reajuste.”

O analista de sistemas Gabriel Gomes, conta que os reajustes excessivos nos combustíveis mexem diretamente no bolso, principalmente dos que utilizam o veiculo como forma de deslocamento constante ou como forma de sustentar a família.

“Infelizmente trabalho um pouco distante do local onde eu moro e para não chegar atrasado, o carro acaba se tornando um meio de transporte fácil e mais seguro, porém, com mais um reajuste na gasolina, as coisas já ficam difíceis e não vejo outra maneira a não ser optar por transporte público. Não sei onde vamos parar, só sabemos que isso afeta muita gente e é triste saber que não temos uma solução para isso.”

Segundo a Petrobras, a explicação para os aumentos dos preços dos combustíveis está em vários fatores, mas, principalmente, no valor do petróleo e no câmbio. O dólar e a cotação do petróleo vêm tendo mais influência sobre os preços de combustíveis no Brasil desde 2016, quando a petroleira passou a praticar o Preço de Paridade Internacional (PPI), que se orienta pelas flutuações do mercado internacional.

Com os novos valores, a parcela da Petrobras no valor do litro de gasolina pago pelos consumidores nos postos passa a ser de R$ 2,33, em média; no caso do diesel, a parcela da estatal será de R$ 3,34.



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