Prefeitura de Salvador contrata empresa da Máfia da Merenda por R$ 25 milhões

O prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) defendeu a contratação de empresa citada na Máfia da Merenda

A empresa Nutriplus Alimentação e Tecnologia Ltda venceu uma licitação da Prefeitura de Salvador para prestar serviço alimentar nas escolas da capital baiana. A companhia é acusada de cartel para fraudar licitações na chamada Máfia da Merenda, em São Paulo. O resultado da licitação foi divulgado no Diário Oficial de Salvador nesta quinta-feira (25) e o contrato tem valor de R$ 25.345.152,00.

Procurado, o prefeito ACM Neto (DEM) se manifestou sobre o assunto. “Foi feito um pregão eletrônico, conforme estabelece a Lei 8.666, com empresas do Brasil inteiro. A empresa que venceu a licitação é a que deu o menor preço, como tem que ser. O Brasil inteiro participou da licitação. Se a empresa tivesse com alguma pendência, não poderia participar. Então isso tudo é feito com critérios técnicos. A gente é obrigado a contratar pelo menor preço, como estabeleceu o edital de licitação. É preciso registrar, ainda, que não existe nenhuma denúncia contra a empresa na Prefeitura e que seus concorrentes não fizeram nenhuma contestação do resultado. Assim como em todas as licitações, a Prefeitura de Salvador também agiu com absoluta transparência e lisura neste processo”, disse.

Em nota, a Nutriplus afirmou que está autorizada a participar de processos licitatórios, não estando inserida na lista de empresas inidôneas. A empresa também ressaltou que não foi condenada em nenhum processo judicial que trate sobre fraude nas licitações e que mantém a confiança na improcedência das acusações do passado.

Escândalo em SP

A Máfia da Merenda, um dos escândalos que abalou a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) no governo de São Paulo, foi um esquema delatado pelo empresário Genivaldo Marques dos Santos, então sócio da empresa Verdurama – uma das envolvidas na fraude.

À época, ele denunciou que quatro empresas que forneciam merenda a cidades paulistas formaram um cartel para controlar o resultado das licitações em pelo menos 57 cidades e dois Estados. O esquema, segundo o delator, teria movimentado R$ 280 milhões em notas frias entre 2008 e 2010.

Fonte: Jovem Pan



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