Dia Internacional da Cerveja: mitos e verdades sobre a bebida

Foto: reprodução

Toda primeira sexta-feira de agosto o mundo brinda diferente. É quando comemora-se o Dia Internacional da Cerveja e a data, que nasceu em 2007 na Califórnia, merece uma saudação especial só para ela.

Entre um brinde e outro, confira nossa matéria especial sobre a sua história no Brasil, a chegada ao nosso país, o nascimento das grandes marcas, o surgimento das cervejas artesanais, o brinde típico na mesa de bar que sela o final de expediente.

Depois, vale conhecer mais algumas curiosidades sobre a bebida. Não é novidade para ninguém que o consumo de bebidas alcóolicas aumentou durante o último ano devido ao isolamento social. Só no Brasil, segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja, foram produzidos 14,05 bilhões de litros da bebida em 2020, sendo o terceiro maior produtor mundial – perdendo apenas para China e Estados Unidos. O crescimento foi de 4% em relação a 2019 – ano pré-pandemia.

O aumento do interesse pela bebida também se reflete nos clubes de assinatura de cerveja. O Clube do Malte, um dos maiores do mundo, viu a adesão aumentar em 20% no último ano. Suas vendas avulsas, para consumo nas residências, também aumentaram bastante nesse período: 60%. Criado há 10 anos em Curitiba por Douglas Salvador, inicialmente como um bar, o Clube opera, hoje, 100% na comercialização online de rótulos cervejeiros do mundo inteiro e na assinatura de cervejas. Uma equipe, formada principalmente por mulheres, está de prontidão para atender os clientes;  já a porcentagem de assinantes do gênero feminino é de 12%, mas vem crescendo a cada ano.

O fato é que dúvidas e mitos sobre o universo cervejeiro são frequentes nos consumidores. Por isso, convidamos o Edu Passarelli, sommelier e professor do Instituto da Cerveja, para desmitificar alguns itens e tirar dúvidas sobre esse bebida tão refrescante e querida por todos os brasileiros. Confira a seguir.

Edu Passarelli é sommelier e professor do Instituto da Cerveja (Foto: divulgação)

Colarinho no chopp é importante
Verdade. Ele vai evitar oxidação, pois tem uma barreira maior para impedir que o líquido entre em contato com o oxigênio. Além disso, ajuda a manter o gás da bebida e a temperatura. Dois dedos de colarinho são suficientes.

Cerveja em lata é pior do que cerveja em garrafa.
Mito. Hoje a indústria da embalagem de latas é muito moderna. As feitas com verniz são muito eficientes e não passam nenhum sabor para cerveja. A lata, em vários casos, é até melhor que a garrafa. Ela bloqueia totalmente a luz – uma grande inimiga da cerveja – e impede a troca de gases com o ambiente.

Existem copos adequados para diferentes tipos de cerveja.
Verdade. Em linhas gerais, para cervejas com menos intensidade de sabor, são usados copos estreitos e mais finos. Quando temos cervejas mais potentes, sabores e aromas para serem explorados, os copos com bocas mais largas são os indicados.

Cerveja faz mal pra saúde
Mito. Pelo contrário. Quando consumida sem excessos traz uma série de benefícios à saúde. Ela é muito rica em polifenóis, que vão exercer uma atividade antioxidante para o nosso organismo.

Cerveja “puro malte” é melhor
Mito. Não necessariamente. Cervejas, quando têm receitas feitas para agradar o paladar, vão ser boas independentemente de não serem puro malte. Na Bélgica, por exemplo, muitas delas não são puro malte e são incríveis.

Limpeza do copo é fundamental para degustação de cerveja
Verdade. Um copo sujo diminui a formação de espuma. Além disso, pode trazer odores desagradáveis. Quem nunca teve uma experiência ruim com um copo cheirando a ovo? O serviço é muito importante para que a degustação seja prazerosa.

Cerveja deitada gela mais rápido
Mito. Inclusive, deixá-la deitada aumenta a superfície de contato do líquido com o ar dentro da garrafa. Não é recomendado. Então: sempre de pé.

Cerveja precisa ser servida estupidamente gelada.
Depende. Cervejas de estilos como os das marcas Brahma, Skol, Heineken são feitas para serem consumidas muito geladas. O frio, porém, é inimigo das nossas papilas gustativas. Então, se você comprar uma cerveja que tem bastante complexidade e a bebe muito gelada, você não vai perceber isso. Está jogando seu dinheiro fora.

É impossível quantificar os tipos e rótulos de cervejas existentes pelo mundo
Verdade. Temos um crescimento muito grande das cervejarias ciganas, o que fez surgir uma quantidade incrível de rótulos pelo mundo. O que podemos falar é que, hoje, no Brasil, há cerca de mil cervejarias em atividade. Mas rótulos e tipos não temos como quantificar. A cerveja permite essa criatividade e, de forma cada vez mais rápida, surgem novas composições.

 

*CNN


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