Daniel Dias pode se tornar um dos 10 melhores das Paralimpíadas

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Daniel Dias, maior medalhista paralímpico do Brasil, nadará na noite deste sábado (17) no Estádio Aquático, no Rio, para tentar se tornar um dos dez melhores esportistas de Paralimpíadas, incluindo Jogos de Verão e de Inverno.

A medalha de ouro nos 50 m costas, categoria S5, conquistada nesta sexta (16), ampliou a coleção de Daniel para 22 em Jogos Paraolímpicos. São 13 de ouro, sete de prata e duas de bronze. Ele compete desde Pequim-2008. Na Paraolimpíada carioca, subiu no pódio em todas as provas que disputou: três primeiros lugares, três segundos e um terceiro.

Neste momento, 11 esportistas (quase todos ex-esportistas, pois já pararam de competir) se colocam à frente do nadador de 28 anos nascido em Campinas (SP).O topo da lista parece inatingível: a nadadora Trischa Zorn, dos EUA, hoje com 52 anos, conquistou 55 medalhas (41 ouros, 9 pratas e 5 bronzes) entre Arnhem (Holanda), em 1980, e Atenas (Grécia), em 2004.

Entre ela e Dias estão 12 nomes, e o brasileiro, se ganhar a prova dos 100 m livre, prevista para às 19h22 -o que é muito provável, pois é o atual bicampeão paraolímpico e recordista mundial-, chegará a 23 medalhas, sendo 14 de ouro, e ultrapassará o alemão Gerd Schoenfelder (esqui alpino), o suíço Franz Nietlispach (atletismo) -ambos com 22 pódios mas com mais ouros que Dias-, e o australiano Matthew Cowdrey (natação) e a britânica Sarah Storey (ciclismo e natação), que detêm 23 medalhas cada um.

O 14º ouro de Dias, que é deficiente físico (não tem parte dos dois braços e de uma das pernas), desempatará a favor dele a disputa com Cowdrey e Storey. O primeiro, entre Atrenas-2004 e Londres-2012, faturou 13 ouros, 7 pratas e 3 bronzes; a segunda já recebeu no pescoço, desde Barcelona-1992, 12 medalhas de ouro, oito de prata e três de bronze.

Ainda na ativa, a britânica de 38 anos foi campeã na Rio-2016 em três provas, uma vez no ciclismo de pista e duas no ciclismo de estrada.

Nas entrevistas, Dias tem minimizado a possibilidade de se igualar ou passar mitos do desporto paralímpico, preferindo destacar a felicidade de poder nadar uma Paralímpíada no Brasil (“Receber o carinho do público foi algo fantástico, um momento que eu curti muito”, disse, depois da prata nos 100 m peito) e com a presença da família na arquibancada -depois de cada competição, ele se direciona à plateia para abraçar os parentes e comemorar com eles os resultados.

Também com 23 medalhas em Paralimpíadas está Reinhild Moeller (atletismo e esqui alpino), porém a vitória nos 100 m não será suficiente para Dias ultrapassá-lo, já que o alemão tem 19 ouros.

Caso chegue mesmo aos 23 pódios, o brasileiro poderá tentar o 24º também neste sábado. Dependerá de ser escalado ou não para o revezamento 4 x 100 m medley, previsto para as 20h21. Nessa prova, contudo, o Brasil tem menos chance — nas duas últimas Paralimpíadas, terminou em sétimo (Londres-2012) e em oitavo (Pequim-2008).

O Jogos Paralímpicos de Verão são realizados desde Roma-1960; os de Inverno, desde Örnsköldsvik, na Suécia, em 1976.

 

Fonte: Noticias ao Minuto



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