Campeão do Mundo em 2002, Júnior Nagata repassa sua carreira e fala sobre momento do Flamengo e retorno de Luxemburgo ao Palmeiras

O Lateral esquerdo, campeão do mundo Júnior Nagata concedeu entrevista ao repórter Juliano Justo, da Agência Brasil e falou sobre sua carreira como jogador, o momento da seleção brasileira comandada por Tite e sobre o retorno de Vanderlei Luxemburgo ao Palmeiras.

O Jogador foi revelado no campeonato intermunicipal quando atuava pela Seleção de Santo Antônio de Jesus, sua cidade natal. O Vitória foi o primeiro clube profissional de Júnior Nagata, começando a carreira em 1994, o pontapé inicial para conquistar o mundo.  De 1996 até 2000, Júnior fez parte da elite do Palmeiras, que na época foi considerado o melhor time do brasileirão. Confira a entrevista completa:

O Flamengo conquistou o título brasileiro de 2019, você acha que o Brasil vive hoje a supremacia do futebol?

Júnior- Se o Flamengo continuar desta mesma forma, desenvolvendo um trabalho e com os jogadores se entregando ao máximo. O Flamengo trouxe jogadores que necessitava e deram certo, o que é mais importante. As vezes apostamos em um ou outro jogador e não vai adiante. O flamengo trocou seus laterais, e mesmo jogando tanto tempo fora, voltaram e se adaptaram perfeitamente. Já chegaram para jogar. O flamengo soube formar um conjunto espetacular.

Vanderlei Luxemburgo foi o principal responsável pela sua contratação pelo Palmeiras. Agora, Luxemburgo volta a comandar o time. Qual a tua opinião?

Júnior- Luxemburgo tem mais de uma década sem mostrar um bom trabalho, mas sabemos o excelente profissional que ele é. Em uma casa que ele já comandou outrora, mostrar a qualidade de seu serviço. Ele já foi campeão no Palmeiras e está tendo outra oportunidade. Agora ele tá em casa e o ambiente é favorável.

Qual foi o treinador que mais colaborou com o teu futebol, o Luxemburgo, o Felipão ou o Murici Ramalho?

Júnior- Aprendi com cada um deles, tanto com meus treinadores no Brasil quanto na Europa. De cada um deles eu extraí o máximo.

Com o treinador Emerson Leão, você chegou a ter um probleminha

Junior- tivemos nosso desentendimento, mas tudo foi resolvido. Apenas um contratempo. Depois do São Paulo ele me Levou para o Atlético e para o Goiás. Todo o atrito entre professor e aluno é natural. Discordar ou concordar de algumas coisas, tudo é um aprendizado e com isso fomos campeões paulista e iniciamos uma boa campanha para a Libertadores.

Outro momento marcante, foi aquela confusão no paulistão de 99, no clássico Palmeiras x Corinthians. Nas embaixadinhas do Edilson Capetinha, você foi o primeiro a chegar nele

Júnior – No futebol sempre tem uma provocação. Edilson e Paulo Nunes. Não fui para machucar o Edilson, o clima estava quente para as duas equipes. Era muita rivalidade na época.

Você foi um cara que teve presença marcante em grandes clubes. Qual foi o principal time que você participou, aquele Palmeiras de 96, o São Paulo de 2005 ou a Seleção Brasileira com o penta campeonato?

Júnior – Todos esses times me marcaram bastante. O vitória no começo de minha carreira até a seleção com todos aqueles jogadores. Aqueles 100 gols em 1996. O São Paulo em 2005, não tinha grandes nomes como tinha o Palmeiras, mas era um clube muito forte, era um grupo que queria vencer e dificilmente era abatido. A seleção Brasileira foi o topo. Cada time, cada grupo teve sua parcela.

Na tua carreira foram dois mundiais de clubes, o vice com o Palmeiras em 99 e o título com o São Paulo em 2005 em cima do Liverpool

Júnior –  Estas são boas lembranças. No São Paulo, mesmo com o título a gente não jogou tão bem quanto no Palmeira contra o Manchester. Jogamos de igual para igual, mais na minha opinião, o Palmeiras merecia aquele título.

Falando um pouco da Seleção Brasileira, da copa de 2002 no Japão. Era quase impossível desbancar o Roberto Carlos

Júnior – Ele era o titular. Roberto Carlos era um dos melhores jogadores da época e sou fã até hoje. Ele era top, e o nível que ele estava jogando era difícil. Mais só de fazer parte daquele grupo; muitos queriam estar em meu lugar, fazendo parte daquele time. Foi sensacional.

No momento atual, o São Paulo já não vence o campeonato paulista desde 2005 e um torneio desde 2012 com a Sulamericana. Como você avalia a situação do tricolor?

Júnior – É absurdo. Um time que gasta e investe com a base, tem uma estrutura maravilhosa não pode ficar tanto tempo sem um título. Tudo é fruto de um produto. Teve uma época que o São Paulo ia buscar jogadores que davam certo. Não eram jogadores badalados, mais se comprometiam com o time e por isso foram campeões. É uma situação muito triste, porque o São Paulo é um time grande e acostumado a conquistar e disputar um futebol de nível. 12 anos sem título, é estarrecedor.  Não quero criticar, mas se a diretoria não caminhar junto com o time, não dá certo.

Atualmente. Você acompanha a seleção e como você avalia o trabalho do Tite?

Júnior – O Tite passou por ótimas eliminatórias, resgatou de novo a nossa confiança e tenho sentido que vai dar certo. Ele está compondo uma seleção a melhor possível. Vamos esperar para ver.

 



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