Em jogo marcado por protestos, Botafogo vence Cabofriense na retomada do Carioca

No retorno aos gramados depois de 105 dias, os jogadores do Botafogo expressaram insatisfação pela volta do futebol na vitória sobre a Cabofriense por 6 a 2, no Nilton Santos, pela quarta rodada da Taça Rio. A partida foi realizada sem a presença do público e registrou protestos dos atletas antes e durante a partida.

Logo na entrada, em contraposição à faixa “Jogo Seguro” – em referência ao protocolo desenvolvido pela Ferj para a volta aos gramados –, os atletas do alvinegro exibiram outra com a mensagem “protocolo bom é o que respeita vidas”. Com pouco mais de um minuto de bola rolando, os atletas do Botafogo se ajoelharam em campo em referência ao movimento “Black Lives Matter”.

O gesto – que também teve adesão do lateral Luan, da Cabofriense – se tornou símbolo das manifestações antirracistas, que eclodiram depois da morte de George Floyd, um segurança desempregado negro, sufocado por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos. A frase “Vidas negras importam” também foi exibida na camisa especial, toda preta, que a equipe vestiu. Nas costas, homenagem aos profissionais da linha de frente do combate à Covid-19.

Fora de campo, outro protesto. O técnico Paulo Autuori não comandou o time. Suspenso por 15 dias após criticar a Ferj em entrevista ao GLOBO, ele poderia trabalhar depois que o STJD concedeu liminar a favor do Botafogo, sábado à tarde. Mas optou em acompanhar a partida de uma das cabines.



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