Bahia tem trabalhado para não perder competitividade

Foto: EC Bahia

O bom início de temporada do Bahia não tem passado despercebido por dirigentes brasileiros e internacionais. A conquista da Copa do Nordeste e o começo consistente na Série A do Campeonato Brasileiro, no qual ocupa a 6ª colocação, com 17 pontos conquistados após 11 rodadas disputas, têm feito com que destaques do Tricolor entrem na mira de diversos clubes mundo afora e que muita especulação surja todo dia.

Com o nome quicando no mercado da bola desde que recuperou a titularidade na defesa do Esquadrão, o zagueiro Juninho deu adeus definitivamente à Bahia e acertou sua ida para a Dinamarca, onde defenderá as cores do FC Midtjylland, mesmo time do atacante Júnior Brumado, revelação da base tricolor. O jogador foi vendido por R$ 10 milhões, no qual Bahia e Palmeiras dividem meio a meio o valor, já que cada um possuía 50% dos direitos econômicos do atleta.

Nesse caso especificamente, a diretoria do Bahia trabalhou rápido. Já prevendo a inevitável saída de Juninho, os cartolas apertaram os passos e trouxeram Ligger. O defensor de 33 anos estreou na derrota para o São Paulo e ainda é cedo para avaliar e saber se será um substituo a altura.

“A torcida pode ficar tranquila porque a gente tá atento a isso aí. A gente sempre falou que as contratações de fortalecimento de elenco diferem das contratações de reposição, como a gente já fez algumas. A própria saída do Douglas com a chegada do Danilo [Fernandes], a vinda do Ligger, que a gente já trouxe pensando nessa possível saída próxima do Juninho. Claro que qualquer atleta que saia a gente vai buscar uma reposição de nível similar ou melhor”, comentou Lucas Drubscky, executivo de futebol do Bahia.

Mais saídas

As baixas não param por aí. Quem também está de malas prontas para deixar a Cidade Tricolor é o meia Thaciano, um dos destaques do time na atual temporada, com seis gols em 26 partidas e um dos pilares do meio de campo de Dado Cavalcanti.

De acordo com apuração do Portal A TARDE, o Grêmio, detentor dos direitos econômicos de Thaciano, teria aceitado a proposta de compra feita por um clube europeu, que não teve o nome revelado. Os valores da negociação também não foram divulgados.

No contrato de empréstimo com o Bahia havia uma cláusula de preferência de compra. Ou seja, qualquer proposta recebida pelo atleta, o Tricolor gaúcho tem a obrigação de informar ao Bahia, que por sua vez tem a opção de cobrir a oferta para poder ficar com o jogador. O Esquadrão optou por não cobrir a oferta e receberá 10% do total da negociação da taxa de vitrine.

Procurado, o Bahia informou que não comenta sobre negociações.

A questão é que as baixas no Tricolor podem ser ainda maiores. Outros jogadores também, volta e meia, têm seus nomes vinculados a alguma negociação. Entre eles estão: o lateral esquerdo Matheus Bahia, especulado no futebol europeu; Gilberto chegou a estar em negociações com um time japonês; e o zagueiro Conti foi sondado pelo Internacional.

Lucas Drubscky afirmou que o assédio é normal e que já era esperado. “A partir do momento em que uma equipe começa a ter sucesso na temporada, como a gente até aqui vem obtendo, com títulos importantes, como o título da Copa do Nordeste, como a caminhada sólida pela Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, é normal que haja interesse de outros clubes em nossos atletas”, justificou o executivo.

A grande questão, afirma Drubscky, é entender quando é a hora de vender e a hora de manter cada atleta. “O caso do Juninho, por exemplo, um atleta nosso, que a gente pôde obter dele um bom retorno técnico por dois anos, especificamente mais nesse ano de 2021 que ele teve um desempenho muito bom. E agora a gente pode também colher esse resultado positivo na parte financeira”, comentou.

“[…] a gente tá atento, bem firme e trabalhando bastante pra não deixar em momento algum a equipe perder competitividade”, garantiu o executivo do Tricolor.



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