Quase cinco meses depois de deixar o presídio, o borracheiro Antônio Cláudio Barbosa de Castro, de 35 anos, ainda não se sente livre. Condenado por estupro e mantido preso por 5 anos no Ceará, até ser inocentado pelo crime em novo julgamento no mês de julho, ele sofre para se readaptar à vida fora da prisão e revive o medo de ser encarcerado a cada abordagem da polícia.
O borracheiro foi detido em agosto de 2014 por suspeita de abusar sexualmente de oito mulheres, de idades entre 11 e 24 anos, em Fortaleza. Neste ano, o caso foi analisado pela organização não-governamental Innocence Project (IP) Brasil, que, em parceria com a Defensoria Pública do Ceará, conseguiu provar à Justiça que Cláudio não era o responsável pelos estupros.Apesar de ter sido libertado no dia 30 de julho, Antônio Cláudio conta que já foi abordado duas vezes pela Polícia Militar, em Fortaleza, e quase foi levado a uma delegacia da Polícia Civil. Os policiais identificaram cadastro com o nome do borracheiro no sistema da Justiça e ele precisou provar que foi inocentado pelas Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), mostrando, inclusive, o alvará de soltura aos agentes de segurança.
Questionado sobre a confusão, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) informou que, de acordo com o Sistema de Automação da Justiça (SAJ), o processo que tramitou na 12ª Vara Criminal de Fortaleza, na qual Antônio Cláudio era réu, “encontra-se arquivado definitivamente”.
G1