Primeiro caso de transplante de medula em crianças acontece ainda este ano em Salvador

Crédito da Foto: divulgação/Martagão Gesteira

 

O primeiro caso na Bahia de transplante de medula óssea em crianças e jovens na faixa etária de 0 a 14 anos pela rede pública será realizado pelo Hospital Martagão Gesteira. A previsão é que o procedimento ocorra ainda este ano, após a finalização da implantação do novo serviço na unidade. As etapas iniciais já foram cumpridas.

A habilitação do Ministério da Saúde que autoriza o transplante foi publicada na segunda-feira (23/9).No estado, já é realizado, por outras unidades de saúde, o implante de medula óssea, mas somente em casos a partir dos 14 anos. Abaixo dessa idade, os pacientes têm que se deslocar para outros estados para viabilizar o tratamento. No caso do Martagão, unidade de saúde referência em atendimentos pediátricos na Bahia, o serviço abrangerá a faixa etária de 0 a 18 anos.

“Nosso grande desafio, neste momento, é oferecer para as crianças da Bahia uma alternativa terapêutica que elas nunca tiveram acesso, que é o transplante de medula óssea. Com este novo procedimento, poderemos ampliar ainda mais o raio de atuação do nosso setor de oncologia, o que significa que nossas crianças terão ainda mais possibilidades de cura”, destaca o diretor-presidente da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, Carlos Emanuel Melo. A entidade mantenedora do Martagão Gesteira.

A diretora-médica do Martagão, Milena Pessoa, explica que o serviço de transplante de medula óssea está em processo de implantação. “Nós fizemos o planejamento, levamos a documentação para a Central Estadual de Transplante. Eles avaliaram, aprovaram e encaminharam para o Ministério da Saúde, que já fez a visita de credenciamento e informou que estava tudo bem. A publicação da habilitação ratifica este processo”, conta.

O Martagão vai poder fazer, inicialmente, um dos três tipos de transplante de medula óssea: o autólogo, quando células da medula óssea do próprio paciente são injetadas para fazer com que ela se regenere. “Temos uma lista de aproximadamente 14 pacientes. É prematuro definir quem será o primeiro paciente porque dependerá de critérios técnicos”, explica o diretor-presidente.

A Portaria Nº 1.100 autorizou, ainda, que o Martagão Gesteira faça o transplante de rim. “O transplante de rim já é realizado na Bahia e o Martagão entra neste contexto como um potencializador dessa terapêutica”, acrescenta Melo.

 

*AratuOn



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