Associação de funcionários do Banco Mundial pede suspensão da nomeação de Weintraub para diretoria executiva

A associação de funcionários do Banco Mundial enviou uma carta aberta ao Comitê de Ética da instituição, nesta quarta-feira (24), pedindo suspensão da nomeação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para um cargo de diretor executivo.

Ao sair do governo, Weintraub foi indicado para o conselho de diretores, que abriga representantes dos países. O grupo específico que o Brasil integra reúne Colômbia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago. Essas nações terão que aprovar a indicação do ex-ministro.

Na carta enviada ao Comitê de Ética, os funcionários do banco se dizem preocupados com declarações tidas como preconceituosas de Weintraub sobre os chineses e sobre minorias.

O grupo cita a postagem do ex-ministro em que ele usou personagem de desenho para ironizar a fala dos chineses, culpando-os pelo novo coronavírus e insinuando que querem dominar o mundo. A associação menciona ainda que o Supremo Tribunal Federal abriu investigação sobre o caso por racismo, e também que o ex-ministro sugeriu que os membros da Corte deveriam ser presos.

O texto diz que a última ação de Weintraub no ministério foi acabar com cotas para minorias em cursos de pós-graduação, como o acesso de negros, indígenas e pessoas com deficiência. E que ele fez declarações públicas contra a proteção do direito de minorias e da promoção de igualdade racial.



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