Professores da Ufba são alvos de ataques virtuais; sindicato quer investigação

Aulas virtuais e reuniões de departamento da Universidade Federal da Bahia (Ufba) têm sofrido ataques cibernéticos. As invasões têm acontecido de forma direcionada, e os alvos são normalmente cursos da área de humanas, e aulas que tenham determinada conotação política ou de cunho ideológico, como matérias que tratam de aborto e evolução da espécie, relata o advogado Pedro Ferreira, que representa o sindicato dos professores da instituição.

As invasões foram denunciadas na Polícia Civil da Bahia, através da Delegacia Especializada de crimes cibernéticos; na Polícia Federal, já que a universidade é uma autarquia da esfera federal; no Ministério Público da Bahia (MP-BA), que tem um núcleo específico para crimes dessa natureza; e ainda no Ministério Público Federal (MPF).

Ferreira explica que as invasões incluem sons, vídeos e imagens pornográficas e fotos do presidente da República Jair Bolsonaro.  Houve ainda o caso de um professor que foi vítima de clonagem do email, e foram enviadas mensagens se passando por ele com conteúdos sobre formação de grupos armados para derrubar o governo, e afirmando que ele teria tomado cursos na Venezuela para montagem de um exército.

O advogado do sindicato acredita que as invasões se enquadram no artigo 154ª do Código Penal, que prevê pena de três meses a um ano e multa para quem invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do dono do dispositivo.

“Precisamos identificar quem são os invasores. É uma coisa orquestrada, direcionada e de forma orquestrada”, afirma Pedro Ferreira.

Fonte: BN



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