Um ano de óleo na Bahia: pesquisador aponta que natureza vai levar 10 anos para se recuperar

 

O desastre ambiental na Bahia começou no Litoral Norte há exatamente 1 ano, quando as primeiras manchas de óleo chegaram em Mangue Seco, em Jandaíra, segundo a Marinha. Entre 3 de outubro e 5 de novembro, o petróleo cru percorreu a costa baiana atingindo Mucuri, o último município litorâneo antes da fronteira com o Espírito Santo. Por onde passava, a substância impregnava as praias e o mar. Os culpados pelo crime ambiental ainda não foram apontados.

Ao todo, 32 cidades baianas foram oleadas, segundo a Defesa Civil do Estado (Sudec) – veja a lista ao final da matéria. Até fevereiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contabilizou 459,49 toneladas de óleo coletadas nas praias da Bahia – em todo Brasil, foram retiradas 5.379,76 toneladas do petróleo cru do litoral.

As manchas pararam de chegar, mas o resíduo ainda assusta por ter deixado uma marca na forma de impactos ambientais. O diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ibio/Ufba), Francisco Kelmo, estima que a natureza vai levar, no mínimo, 10 anos para se recuperar.

Pescadores de algumas regiões afetadas relatam a escassez de peixes após o incidência do óleo. O presidente da Colônia de Pesca de Conde, no Litoral Norte, Givaldo Batista dos Santos, afirma que o barco da colônia volta “quase vazio” para a costa. Antes, em uma viagem de oito dias, os pescadores da região chegavam a capturar 500 quilos de pescado, mas agora apenas 100 Kg “na marra”.

Fonte: Correio



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