‘Não vai ter como abrir: não vai ter espaço físico e não vai ter profissional’, diz infectologista sobre limite de leitos na Bahia

Foto : Fernando Vivas/GOVBA

A infectologista e diretora do Instituto Couto Maia, Ceuci Nunes, afirmou hoje (3), em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, que chegará um momento onde leitos não poderão mais ser abertos por falta de espaço e de profissionais da saúde. Por isso, ela defende que a adição destes suportes não é a solução para a crise sanitária que a Bahia enfrenta e sim, a conscientização da população.

Segundo Ceuci, não adianta abrir leitos se a população não segue as medidas estabelecidas de proteção ao coronavírus, pois a quantidade de infectados tende a aumentar e a capacidade dos hospitais, que já estão em colapso, é limitada. “Quando você abre leitos, a taxa de ocupação cai, mas o número de internados está maior”, reforça. “Então não adianta, vai chegar um momento em que a gente vai ter que parar [de abrir leitos]. Não vai ter como abrir: não vai ter espaço físico e não vai ter profissional”, completou.

A solução vista pela infectologista para conter o avanço dos casos e internações pela Covid-19 é o respeito às medidas sanitárias de proteção contra o vírus por parte da população. “O que a gente precisa é mudar os hábitos da população. As pessoas precisam entender a gravidade [da situação]. Ir para a rua só para o necessário, usar máscara e respeitar o distanciamento. Não tem outra saída”.

O iminente colapso do sistema de saúde público, além do privado, na capital baiana e o colapso que já acontece em cidades do interior do estado por conta da explosão de casos são causados pela maior propagação de variantes, segundo a médica. “A gente não sabe se essas novas cepas são mais letais, mas são mais contagiosas. Elas contaminam um universo muito maior de pessoas, então vai ter um percentual de casos graves sobre esse número alto, que vai ser muita gente”, alertou.

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