Morre aos 94 anos o filósofo e historiador baiano Antonio Paim

Foto: Reprodução / Academia Brasileira de Filosofia / Estadão

Um dos principais expoentes do pensamento liberal no Brasil, o filósofo e historiador baiano Antonio Ferreira Paim morreu ontem (30). Ele vivia em uma casa de repouso para idosos em São Paulo e a morte foi confirmada pela Academia Brasileira de Filosofia, da qual era presidente de honra, e pelo Instituto Liberal. As causas da morte não foram divulgadas.

Paim nasceu na cidade de Jacobina, interior da Bahia, mas viveu a maior parte da carreira acadêmica no Rio de Janeiro, para onde foi com 16 anos. Filiado na juventude ao Partido Comunista Brasileiro, atuou como jornalista no Tribuna Popular, jornal ligado ao partido.

Cursou parte da graduação em filosofia na Universidade Lomonosov, na União Soviética. Depois, estudou na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde atuou como professor. Depois de flertar com o marxismo quando jovem, tornou-se um crítico do sistema político e um entusiasta do liberalismo democrático.

Com centenas de artigos acadêmicos e dezenas de livros publicados, foi vencedor do Prêmio Jabuti em 1985 com o livro “A história das ideias filosóficas no Brasil”. Também ganhou Prêmio Nacional do Livro de Estudos Brasileiros em 1968.

Paim teve entre seus alunos o professor Ricardo Vélez Rodriguez, primeiro ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro e que ficou menos de quatro meses no cargo. Vélez afirmou em seu discurso de posse que Paim era uma de suas principais referências intelectuais.

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