PRF-Ba tem primeira mulher motociclista e batedora do exército

Foto: Divulgação PRF

Uma cerimônia marcada por forte emoção e grande simbolismo. Foi assim a solenidade de conclusão do curso Estágio de Motociclista Militar e Batedor, ocorrido nesta quinta-feira (06), no pátio de formaturas do 6º Batalhão de Polícia do Exército, em Salvador. E não foi diferente para a concludente PRF Neila Fabíola Santos Cardoso, única representante feminina no curso e a primeira mulher da Polícia Rodoviária Federal na Bahia a formar-se motociclista e batedor no Exército.

Emocionada e com um largo sorriso no rosto, ela recebeu o brevê de conclusão do estágio das mãos do Superintendente da PRF BA, Virgílio de Paula Tourinho. Segundo Neila, a paixão por veículos de duas rodas vem desde pequena. Ela cresceu em uma cidade do interior da Bahia ao meio do ronco de motores.

Alguns anos depois já na PRF, Neila, coordenou o Centro Integrado de Comando e Controle, durante a Copa América de 2019. Uma de suas atribuições era monitorar e controlar as escoltas de chegadas e partidas das delegações.

Ela conta que ficou ainda mais apaixonada ao vê a habilidade dos seus colegas escoltadores e batedores, abrindo passagem para o comboio das seleções nas vias de trânsito da capital em direção a Fonte Nova. “Tudo era bem planejado. O profissionalismo dos colegas, garantiram um deslocamento ágil e seguro das delegações, prezando sempre pela retomada rápida do trânsito nas vias por aonde passaram. Foram cinco jogos aqui na Bahia e tudo ocorreu sem incidentes e ainda era lindo demais vê as Harley-Davidson desfilando na pista”, frisou a policial.

Neila acrescenta que quando soube do Curso de Motociclista Batedor do Exército não pensou duas vezes e foi logo fazer a inscrição. Comemorou bastante a sua aprovação no teste de maneabilidade em uma pista com cones.

Só no primeiro dia de aula ela percebeu que era a única representante feminina da turma. “Desde o primeiro dia ficou bem claro que não haveria diferenciação entre os gêneros. Apesar das diferenças biológicas entre homem e mulher, saber que seria tratada com isonomia me ajudou bastante. Todos foram tratados por igual.”, disse.

Ela relatou que o dia a dia do curso era muito exaustivo. E que o grau de dificuldade e as exigências foram aumentando. “Desde as provas teóricas, exercícios físicos e as avaliações práticas, todas as fases exigiam muita concentração e superação. Era uma batalha a ser vencida a cada dia e fui progredindo, conseguindo passar por todas as fases e seguir adiante. Tive que preparar o meu psicológico e ter muita persistência, mas nunca pensei em desistir”, disse Neila.

As técnicas de pilotagem nas ruas também deram confiança e segurança para enfrentar os desafios diários seja na cidade, nas estradas ou rodovias. Foram inúmeras simulações de escoltas e tudo realizado com um único propósito: chegar sempre a frente e no menor tempo possível, mas garantindo a segurança da célula transportada.

Por fim, ressaltou o desejo que outras turmas de mulheres possam surgir. Ela conta que durante as oito semanas do curso recebeu muito incentivo e foi elogiada por seus pares. “Precisamos ocupar o nosso espaço. Se você tem um sonho, lute para conquistá-lo. E sem competição, mas com igualdade de oportunidades”, enfatizou a formanda.

“E sigo acelerando, pronta para o próximo desafio”, finalizou Neila.

Fonte: PFR Bahia



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