PP entrega cargos no governo e deixa base aliada do PT na Bahia

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

De acordo com o Bahia Notícias, na tarde desta segunda-feira (14), o vice-governador João Leão (PP) entregou a carta de demissão do cargo de secretário estadual de Planejamento ao governador Rui Costa (PT) .

O movimento é a confirmação de que o Progressistas deixa a base aliada do PT após uma aliança de quase 12 anos – o partido passou a integrar o grupo no segundo mandato de Jaques Wagner no Palácio de Ondina. Leão será seguido pelos demais filiados ao PP que compõem o primeiro e segundo escalão, entre eles o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Nelson Leal, que ocupava a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e o o secretário de Recursos Hídricos, Leonardo Góes.

 

Foto: reprodução

O rompimento é fruto da tensão criada após o vice ser informado pela imprensa que Rui permaneceria no cargo de governador até 31 de dezembro, contrariando as conversas prévias de que Leão herdaria o mandato tampão de 9 meses, ficando responsável pela transição entre os governos. Coube a Wagner divulgar o acordo interno do PT que remodelou a chapa governista, em entrevista à rádio Metrópole, na semana passada, sem ter informado ao vice a decisão.

Depois do episódio, Leão iniciou uma série de conversas, que convergiram com os interesses do PP nacional de afastar a legenda do arco de alianças do PT na Bahia. Na última quarta (9), o vice indicou que a sigla poderia ter uma candidatura própria ao governo da Bahia ou migrar para a base de apoio ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), na corrida estadual. Essa segunda hipótese é a considerada mais palpável e, segundo informações de bastidores, as negociações seguem avançando de maneira positiva.

Apesar da decisão estar programada para ser publicada no final da tarde desta segunda, um almoço na Vice-Governadoria com Leão e as bancadas do PP na Câmara dos Deputados e da Assembleia selou o entendimento. Dentro do Progressistas, a forma como Leão foi tratado, alijado do processo de discussão sobre a chapa majoritária governista, foi decisiva para o rompimento.

 



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