Ator baiano Érico Brás é expulso de voo durante confusão em Salvador

RTEmagicC_bd4638afc6.jpgO ator baiano Érico Brás, humorista do Zorra Total, e a mulher dele, a atriz Kênia Maria, foram expulsos de um voo da Avianca na manhã desta quinta-feira (31) no aeroporto de Salvador. Os dois viajariam para o Rio de Janeiro às 6h27m, mas tiveram de sair da aeronave após se envolverem em uma confusão.

O ator contou à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, que a confusão começou quando a mulher tentou acomodar a bolsa embaixo da poltrona. O comissário teria retirado a bolsa e tentado colocar no bagageiro. Érico disse acreditar que o episódio foi um caso de racismo.

“Eu e ela sentaríamos nas cadeiras do meio e no corredor. Um passageiro chegou para sentar na janela e nos levantamos. O avião estava cheio e o compartimento de bagagem lotado. Quando ela foi guardar a bolsa embaixo da cadeira, o que é um procedimento padrão, o próprio comandante, que é branco, veio e disse que não poderia ser ali. Foi extremamente grosseiro e mal educado”, disse à coluna.

Érico disse que a Polícia Federal foi acionada pelo comissário da Avianca e pediu que o ator saísse da aeronave. “Disse que não tinha motivo para sair do voo e eles me falaram que eu era uma ameaça. Não sou terrorista”, conta Érico.

Ele disse que a família do ator desembarcou junto com ele. “Me senti extremamente impotente. Infelizmente esse é o tipo de tratamento. As pessoas te olham por causa da sua cor”, disse.

Érico disse que registrou denúncia na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que pretende processar a companhia aérea. O Correio tentou contato com o ator, mas ele já estava viajando. Ao CORREIO, a Avianca disse que a Polícia Federal foi acionada porque o ator e a sua família se recusaram a seguir as orientações dos comissários de bordo, porém não se posicionou sobre a acusação de racismo feita por Érico. Leia abaixo a nota enviada pela empresa na íntegra:

“A Avianca Brasil esclarece que mantém a sua prioridade na segurança de voo, em respeito a todos os seus passageiros. No caso referido, a Polícia Federal foi acionada, como é praxe no setor, porque um grupo de clientes recusou-se a seguir as orientações dos comissários sobre a acomodação das bagagens”. (Correio)



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