Interpol investiga desaparecimento de universitária brasileira após conversão ao islamismo

O desaparecimento de uma universitária paraense é investigado pela Interpol. A jovem Karina Ailyn Raiol Barbosa, 20, estudava na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, e saiu do Brasil sem avisar à família, segundo reportagem do G1. Ela se converteu ao islamismo há cerca de 2 anos e, segundo parentes, teria sido aliciada para deixar o país. O caso foi encaminhado à Interpol nesta terça, segundo a Polícia Federal.

Os depoimentos dos familiares de Karina foram enviados à Interpol, que passa a cuidar do caso. A PF destaca que, a princípio, não há nenhum crime. Karina é maior de idade e deixou o país, através de São Paulo, de maneira legal.

A família da jovem está bastante preocupada e busca notícias. “Esse desinteresse nos angustia. Por que a polícia pelo menos não viu as imagens do circuito de segurança do aeroporto para saber com quem minha irmã estava? Por que não quebram o sigilo telefônico dela? Eu disse para a polícia: minha irmã só tem dois destinos, um é virar ‘mulher-bomba’, outro é virar escrava sexual. Como eles podem permitir que isso aconteça?”, quer saber a irmã da jovem, Karina Raiol, em entrevista ao G1.

Karina entrou em contato com a família pela última vez na segunda (4). Ela disse que estava na UFPA gravando vídeos para um trabalho da faculdade e de lá voltaria para casa. Quando ela não retornou à noite, a família foi procurá-la e não achou mais a jovem. As buscas seguiram por hospitais e nada. O pai então descobriu que Karina tinha tirado passaporte sem comentar com os familiares.

A estudante viajou sem levar mala. A família chegou a procurá-la no aeroporto, sem sucesso. Na UFPA, descobriram que Karina não frequentava mais as aulas desde fevereiro. Segundo a família, ela começou a estudar árabe em 2014 e depois disso passou a frequentar uma mesquita, se convertendo ao islamismo em 2015.

A PF informou que Karina embarcou em um voo para fora do Brasil em Guarulhos. Segundo a irmã, o avião fez escalas em Marrocos e Istambul. “Tememos que ela tenha sido forçada a embarcar. Ela não deixaria nossa família assim, sem explicação. Achamos que ela entrou em algum circuito e quando percebeu, foi forçada a ir, sob ameaça até de fazerem alguma coisa conosco. Ela não trabalhava e meu pai não teria dinheiro para pagar passaporte, muito menos viagem para São Paulo e para fora do país. Alguém pagou isso e não sabemos quem e o porquê”, explica Karen.

*Correio



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