Morre professor que lutava contra câncer

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Estudante Caio Souza que mobilizou as redes sociais para pressionar USP a cumprir liminar a tempo, divulga neste domingo (29), aproximadamente ás 17h sobre a morte de seu pai, professor Élio Martins de Carvalho, de 58 anos.

Caio Souza postou em seu facebook:

“É com muita tristeza e pesar no coração que eu trago essa noticias tão triste para vocês. Mesmo contra todas as expectativas, contra todas as barreiras e dificuldades nós lutamos até o fim. Nunca entregamos as armas, até o último segundo nos guerreamos insistimos lutamos e tentamos. Meu pai não era simplesmente um pai, era meu melhor amigo, meu companheiro, meu conselheiro, meu incentivador. Acreditou em mim e lutou por mim a vida toda. Minha mãe foi muito guerreira e ao lado dele não se entregou por um segundo sequer. Infelizmente não somos capazes de entender as decisões do SENHOR, ainda que muito tristes e abalados nós aceitamos a vontade do pai porque entendemos que ele fez como achou que deveria ser feito. A luta do meu pai terminou e ele descansou mas para muitos outros ela continua.”

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Relembrar o Caso:

A fosfoetanolamina passou a ser produzida em laboratório por um pesquisador da USP, hoje aposentado, que acredita que seja capaz de tratar câncer. Pacientes com a doença têm entrado na Justiça para obter o produto da universidade paulista. A substância ainda não passou pelos testes legalmente exigidos para ser comercializada. A USP tem atendido a demanda porque é obrigada judicialmente.

“A Justiça foi acionada em relação à liminar, por descumprimento, e a liminar continua valendo, não foi suspensa. Eu pesquisei e vi que é um hábito da USP mandar a primeira remessa e depois não mandam mais. Muitas pessoas morrem por causa disso. Quando eu liguei para a Procuradoria da USP, me disseram que estavam acostumados a ouvir histórias tristes todos os dias”, relata o estudante.

Sem expectativa sobre o envio da substância, ele resolveu buscar apoio para chamar atenção sobre o caso por meio da internet. “Vendo que eu não ia consegui o destaque que eu queria, fiz campanha no Facebook e entrei no site de abaixo assinado pedindo ajuda a pessoas desconhecidas e comecei a divulgar”, contou.

Fonte: G1

 

 



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