Pazuello nega negligência em crise do sistema de saúde no Amazonas: “Não houve omissão”

Foto : José Dias/PR

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que “não houve omissão” em sua atuação para conter a crise de saúde no Amazonas. A afirmação foi feita em entrevista à rádio Jovem Pan nessa terça-feira, 2.

De acordo com Pazuello, o Ministério da Saúde “foi proativo o tempo todo” na gestão da pandemia no Estado. Segundo ele, a pasta não foi avisada da falta de oxigênio nas unidades hospitalares em 8 de janeiro, conforme afirma a White Martins, empresa fornecedora do gás no Amazonas.

“O Ministério da Saúde nunca foi oficiado sobre falta de oxigênio por White Martins. Isso é uma informação errada. A White Martins informou ao Estado e essa informação nem teria por que vir para o ministério. O Ministério da Saúde não tem competência sobre a infraestrutura de oxigênio. Nós compramos oxigênio por intermédio dos Estados e municípios”, disse.

O ministro afirmou não ser verdadeira a informação de que pacientes tenham morrido por falta de oxigênio.

“O que você tem que compreender é que a elevação da curva, vertiginosa, a partir de uma nova cepa, de uma nova linhagem de vírus, com maior contaminação, isso leva a uma reta exponencial de subida”, explicou.

Com o colapso no sistema de saúde do Amazonas, Pazuello tornou-se investigado pela Polícia Federal. O pedido de abertura do inquérito foi feito em 23 de janeiro pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e encaminhado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Perguntado sobre sua permanência no governo federal após a possível reforma ministerial, o ministro disse que não pretende abrir mão do cargo. “Quem te coloca na missão é quem te tira. Não vou pedir para sair. Nunca pedi para sair de nada”, afirmou.

Fonte: Aratu


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