Com o início da temporada das chuvas, fique atento ao estado dos pneus do seu veículo

Foto: PRF

Os pneus, juntamente com os sistemas de freio e suspensão, são um dos principais componentes de segurança de um veículo automotor. E para que não haja imprevisto durante uma viagem, é preciso que os motoristas verifiquem o estado dos pneus, já que são eles os responsáveis pelo contato com o solo e a estabilidade da direção.

Pneus com desgaste excessivo, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), são considerados como veículo em mau estado de conservação, o que compromete não só a segurança de quem está no interior do veículo, mas também de todas as outras pessoas que estão circulando pelas estradas e rodovias.

Para quem for flagrado nestas condições, a multa é de natureza grave no valor de R$195,23, conforme art. 230, XVIII do CTB, sendo este tipo de infração de responsabilidade do proprietário do veículo, além disso gera 5 pontos na carteira de habilitação. Se o estado for crítico, o veículo ainda pode ser apreendido. Como medida administrativa pode haver retenção do documento do veículo ou até mesmo a retenção do próprio veículo para regularização, a depender do nível de segurança comprometida em cada caso.

Quer entender melhor a importância dos pneus e como seu uso inadequado pode acarretar riscos para o automóvel, para sua vida e para todos ao seu redor? Confira os próximos tópicos para entender tudo sobre o assunto!

Pneus têm validade?

Sim, mas o prazo de validade dos pneus depende de cada marca. A maioria oferece uma garantia de cinco anos a partir da data da compra. Caso o condutor não tenha a nota fiscal da compra, o prazo de cinco anos a ser considerado se inicia após a data de fabricação dos pneus. Dependendo do uso e da falta de rodízio dos pneus, pode ser preciso efetuar a troca dos equipamentos antes mesmo do prazo de validade estipulado pelo fabricante.

Rodízio de pneus: o que é e para que serve?

Em média, deve ser feito a cada 10 mil km, sendo que a informação consta no manual de cada veículo. É necessário que se faça o rodízio para que os pneus tenham um desgaste uniforme. Existem planos diferentes de rodízio para modelos com tração dianteira, tração traseira, pneus unidirecionais e até mesmo para trocas que incluam o estepe. Por isso, o ideal é seguir as recomendações do próprio fabricante.

Como identificar se é hora de trocar os pneus?

O primeiro sinal que deve ser avaliado é o indicador de desgaste ou Tread Wear Indicator (TWI), aquelas barras de borracha que ficam entre os sulcos do pneu. Quando essas barras chegam ao limite, é sinal de que está na hora de fazer a substituição.

Os fabricantes colocam uma seta indicadora na lateral do pneu, mostrando a localização do TWI. Por lei, os pneus devem ter sulcos com, no mínimo, 1,6 mm de profundidade.

Além do TWI, existem outros indicadores de desgaste dos pneus. Os proprietários do veículo devem observar se há bolhas, rasgos, estrutura metálica aparente ou perfurações. Nesses casos, os pneus devem ser trocados imediatamente. Lembre-se de que nessas situações os riscos de os pneus estourarem aumentam. E o mesmo vale para ressecamentos e rachaduras.

Imagem: PRF

Mas por que a condição do pneu é tão importante?

Um pneu em bom estado é essencial para a estabilidade do veículo, principalmente na hora de fazer curvas. Com velocidade adequada e pneus em bom estado a possibilidade de uma derrapagem é minimizada, reduzindo a chance do veículo sair de pista.

Pneus “carecas” ou também chamados de “lisos” (abaixo dos 1,6 milímetros de profundidade do TWI) apresentam maior probabilidade de aquaplanar. Aquaplanagem é o acúmulo de água entre os pneus e a superfície da estrada, como os sulcos dos pneus já não existem mais ou estão extremamente rasos, a água não consegue escoar pelo pneu e se acumula. A aquaplanagem provoca a perda da aderência dos pneus com a pista, com isso, o condutor perde o controle do veículo, que pode deslizar, sair de pista e até mesmo chocar-se com um outro veículo.

Os sulcos dos pneus também são responsáveis por oferecer a tração correta em relação ao tipo de pista. Dessa forma, fica mais difícil manter o controle do carro em curvas ou freadas bruscas, podendo desencadear derrapagens e até mesmo capotamentos, causando acidentes. O mesmo acontece em casos de atolamento, quando os pneus deslizam ainda mais.

O desgaste excessivo dos pneus também dificulta a frenagem, pois, por estarem praticamente “lisos”, a aderência dos pneus com a pista fica prejudicada. Nesses casos, é preciso um espaço maior para que o veículo efetivamente pare. Portanto, avalie com cuidado o estado dos pneus de seu veículo antes de sair de casa e preze pela sua segurança nas estradas.

Outros cuidados a serem observados pelos motoristas para que o período de vida útil dos pneus seja prolongado. Confira:

  • fazer rodízios a cada 10 mil Km ou em um intervalo de 2 meses;

  • ficar atento ao prazo de validade indicado pelo fabricante;

  • fazer o balanceamento e o alinhamento sempre que necessário;

  • escolher o modelo adequado para o tipo de automóvel e de pista em que trafega;

  • ficar atento ao aro e à pressão;

  • excesso de peso deve ser evitado, pois diminui o tempo de vida útil dos pneus;

conduzir o automóvel de forma preventiva.

Foto: PRF

 

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