Em carta, governadores de 20 estados desmentem Bolsonaro sobre aumento do ICMS

eventos serão liberados de forma gradativa na Bahia
                                            Foto: Fernando Vivas/ Gov.Ba

 

Neste domingo (19), 20 governadores do país se manifestaram através de carta para dizer que não houve aumento no imposto do ICMS apesar do presidente Jair Bolsonaro culpar o imposto pelo aumento do combustível no país.

“Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período”, afirmam.

“Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, seguem.

A manifestação reuniu signatários de diversos partidos, como os governadores Flávio Dino (PSB-MA), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Rui Costa (PT-BA), Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Ibaneis Rocha (MDB-DF).

O presidente tem sido constantemente cobrado pelo alto valor dos combustíveis e do gás de cozinha, que tiveram aumentos recorde desde o ano passado. Em alguns locais, o litro da gasolina já chega a R$ 7, enquanto o botijão de gás de cozinha está em torno de R$ 100.

Bolsonaro costuma responsabilizar a política de aumentos do ICMS, aplicada pelos governadores, como principal fator de alta no preço dos combustíveis, uma argumentação que foi contestada por deputados na audiência na semana passada.

O governo chegou a enviar um projeto de lei ao Congresso para tentar mudar as regras do ICMS, mas o texto não foi adiante. O discurso do presidente começou a provocar questionamentos até de governadores identificados com o governo, que jogam a responsabilidade pelas altas na Petrobras e na elevada taxa de câmbio.

Os aumentos do preço da gasolina vêm pressionando o IPCA (índice oficial de preços). Em agosto, o índice avançou 0,87%, a maior taxa em 21 anos. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE subiram em agosto, com destaque para o segmento de transportes. Puxado pelos combustíveis, esse ramo registrou a maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 ponto percentual) no índice geral do mês.

*Informações Política Livre/ Mônica Bergamo/Folhapress



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia