‘Foi aterrorizante’: jovem estuprada por seis homens relata abusos durante festa, em GO

                                                      Foto: Ilustração

 

Uma jovem de 25 anos afirmou ter sentido medo de morrer enquanto era abusada por seis homens durante uma festa em Águas Lindas de Goiás, no último sábado. A vítima sofreu estupro coletivo por pelo menos cinco horas, até que conseguiu escapar. Três suspeitos pelo crime estão presos, entre eles um policial militar do Distrito Federal.

“Tentei não demonstrar pavor e segurei meu choro, porque eles poderiam me matar. Eu só queria que aquele terror acabasse”, afirmou a vítima, em entrevista ao Correio Braziliense.

De acordo com o relato, a jovem foi rendida pelo grupo de homens por volta das 3h de sábado. Ela procurava um lugar para dormir pois queria descansar e aproveitar a piscina da casa no dia seguinte. Duas mulheres teriam indicado um quarto onde a vítima poderia deitar.

Logo após ter se acomodado, prossegue a vítima, o subtenente Irineu Marques Dias, da PM-DF, invadiu o quarto, sacou a arma da cintura, fez ameaças e arrancou as roupas da jovem. Ela afirmou que sequer teve tempo de esboçar qualquer reação, pois ficou com medo de morrer.

“A arma estava do meu lado e eu só tive que fingir o tempo inteiro, com os meus olhos cheios de lágrimas. Foi aterrorizante”, afirmou a jovem.

Depois que o policial saiu do quarto, outros dois homens entraram e também a estupraram. De acordo com a vítima, os suspeitos a obrigaram a fazer fazer sexo oral, penetraram na mulher e tentaram praticar sexo anal.

“Chegavam a ficar três por cima de mim. Um no meu rosto e os outros em outras partes do meu corpo. Eu não conseguia falar. Eu estava simplesmente sufocada e com uma arma próxima a mim”, relatou a vítima.

Em seguida, mais três homens entraram no quarto e abusaram da jovem. Quando o trio deixou o quarto, o subtenente ainda retornou ao local e estuprou a vítima mais uma vez.

A jovem contou que só pôde sair do quarto por volta das 7h de sábado. No entanto, ela não encontrou as próprias roupas e vestiu uma blusa do policial militar. A vítima ainda teve contato com outras duas mulheres que estavam na casa mas não ofereceram ajuda.

Os agressores teriam ainda oferecido água, cerveja e carona para a jovem. Mas ela respondeu que queria apenas que chamassem um motorista de transporte por aplicativo.

“Quando um deles virou as costas para pegar o celular, eu corri e saí batendo de porta em porta de vizinhos pedindo por ajuda”, disse a vítima.

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO) foram acionados. A jovem foi socorrida e levada para o Hospital Municipal Bom Jesus. Ela também passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina-Legal (IML). O laudo confirmou o crime.

O caso é investigado pela 17ª Delegacia de Polícia de Águas Lindas. Três suspeitos foram reconhecidos pela vítima e estão presos. Além do subtenente Irineu Marques Dias, seu irmão, Daniel Marques Dias, e um terceiro suspeito identificado como Thiago de Castro Muniz estão detidos.

Em nota encaminhada ao G1, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que aguarda a conclusão do inquérito para continuar com as apurações no âmbito militar. A polícia disse ainda que “não compactua com quaisquer desvios de condutas, menos ainda com ações que configurem crimes” e vai “apurar os fatos e tomar as medidas pertinentes”.

Ao Correio Braziliense, a defesa do subtenente Irineu negou as acusações e afirmou que o militar “sofre as consequências da acusação infundada”, pois, segundo os advogados, o PM não esteve no local dos fatos durante a madrugada.

“Só quero Justiça. Não consigo comer, durmo assustada e com medo de tudo”,  finalizou a jovem.

*Reportagem O Globo



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