RS: mulher acusada de sedar e matar marido incinerado dentro de fornalha é absolvida

Fornalha que teria sido utilizada na queima do corpo da vítima, em Dom Feliciano — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Elizamar de Moura Alves, de 36 anos, acusada de sedar e matar o marido incinerado dentro de uma fornalha em Dom Feliciano, na Região Sul do Rio Grande do Sul, foi absolvida na noite desta quarta-feira (27). O julgamento realizado em Camaquã, a 44 km de onde ocorreu o crime, terminou após 13h de duração.

O julgamento foi presidido pelo juiz Daniel de Souza Fleury. Após a sentença, o juiz expediu o alvará de soltura. A acusada foi presa em 11 maio de 2021. Cabe recurso da decisão.

A defesa alegou legítima defesa em razão da violência doméstica que Elizamar sofria. O Conselho de Sentença, composto por quatro mulheres e três homens, reconheceu a autoria e materialidade dos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica, mas decidiu por absolver a ré.

De acordo com a advogada Mikaela Schuch, a filha e a própria ré testemunharam durante o julgamento. “A nossa tese de defesa foi legítima defesa, o que foi reconhecido pelo conselho de sentença em cima de uma legítima defesa por sofrer violência doméstica por 21 anos”, relata.

Conforme a advogada, Elizamara foi solta na madrugada desta quinta-feira (28), às 00h15. “Ela foi solta e já em casa com a família”.

Ela foi acusada de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. A vítima era o marido dela na época, Erni Pereira da Cunha, de 43 anos.

*G1



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