Inflação desacelera, mas fecha abril no maior nível desde 2016

                   Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

 

A inflação oficial brasileira permaneceu em alta em abril, fechando o mês em 0,57%, informou nesta sexta (10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior variação para o mês de abril desde 2016.

Nos quatro primeiros meses do ano, a inflação acumulada no país soma 2,09%, também a maior desde 2016, quando o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou o ano em 6,29%.

O IPCA de abril foi inferior aos 0,75% verificados em março, mas segue sendo pressionado por aumentos de preços dos alimentos e combustíveis. No mês passado, reajustes nos preços de itens de saúde e cuidados pessoais também contribuíram.

Esse grupo teve a maior variação (1,51%) e contribuiu com 0,18 pontos percentuais no índice de abril. As principais altas se deram em remédios (2,25%), produtos de higiene pessoal (2,76%) e planos de saúde (0,80%).

O segundo maior impacto foi do grupo transportes, pressionado pelo aumento nos preços da gasolina (2,66% em abril). Segundo o IBGE, o combustível foi responsável pela maior pressão individual na inflação de abril.

O preço dos alimentos desacelerou, mas permanece em patamares altos (0,63% em abril, o maior desde 2016). O segundo produto com maior impacto individual na inflação do mês passado foi o tomate, com alta de 28,64%.

Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,94%, o maior índice desde janeiro de 2017. A meta estabelecida pelo governo é de 4,5% no ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O último relatório Focus, do Banco Central, mostra que o mercado espera que o IPCA feche o ano em 4,04%, também em alta em relação a semanas anteriores.

*Folha



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