Onyx: ‘Líderes fizeram confusão; uma coisa é corte, e outra é contingenciamento no MEC’

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse ao blog nesta quarta-feira (15) que os líderes “fizeram confusão” ao entenderem que o governo de Jair Bolsonaro iria suspender o contingenciamento da Educação.

Nesta terça (14), líderes partidários saíram de uma reunião com Bolsonaro afirmando que o presidente havia topado suspender os cortes na Educação – mas, em seguida, o Ministério da Educação e a Casa Civil divulgaram nota desmentindo os deputados.

Os deputados, então, reagiram na tribuna da Câmara, acusando o governo de mentir.

O ministro da Casa Civil disse ao blog que “houve confusão”. Ele afirmou que, após o encontro do presidente com o grupo de parlamentares, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, recebeu ligações de interlocutores do mercado financeiro – preocupados com a notícia de que o contingenciamento seria suspenso.

“Para que o dólar não acordasse hoje a R$ 4, eu e o ministro Abraham logo desmentimos”, afirmou Onyx. E o ministro explicou ao presidente que não pode suspender o contingenciamento, que é preventivo.

“É uma ação preventiva, muitos deputados queriam levar alguma vantagem para dizer que haviam suspendido corte na Educação – mas é contingenciamento, houve confusão dos deputados. Uma coisa é corte, outra contingenciamento”, continuou Onyx.

O ministro da Casa Civil afirmou que a convocação de Weintraub para audiência no plenário da Câmara, na tarde desta quarta, foi uma reação dos parlamentares, não a esse episódio – mas a um vídeo do líder do governo na Casa, major Vitor Hugo (PSL-GO), dizendo que a Casa votaria medidas provisórias nesta semana, sem combinar com a cúpula da Câmara.

Onyx disse que Weintraub dará “show” ao falar no plenário.

‘Desastroso’

Nos bastidores, a avaliação de integrantes do governo é a de que o major Vitor Hugo está fragilizado e precisa ser trocado. O episódio envolvendo deputados e Bolsonaro para falar sobre os cortes no MEC foi organizado pelo líder – e o resultado foi classificado como “desastroso” por ministros nesta terça.

*G1



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