Barrados no 1º dia de Enem planejam chegar mais cedo no domingo para garantir sala e prova

Alunos inscritos no Enem 2020 afirmam que vão à prova neste domingo (24) munidos de máscara, álcool em gel e de olho no relógio: muitos pretendem chegar mais cedo por medo de serem barrados na porta da sala de prova. São esperados 2,6 milhões de candidatos – mais da metade dos inscritos faltou no primeiro dia de provas e não poderá comparecer ao segundo dia.

O Inep esclareceu na sexta (22) que os candidatos barrados no 1º dia do Enem terão duas opções:

  • comparecer ao 2º dia de provas, neste domingo (24);
  • ou pedir a reaplicação das duas datas do exame.

 

Alunos impedidos de fazer o Enem no primeiro dia de provas afirmam não ter clareza sobre como funcionará a reaplicação. Na dúvida, vão comparecer aos locais nos quais já estavam inscritos.

Kayane Vieira, de 18 anos, está escalada para fazer a prova na UniRitter, no campus Cavalhada, em Porto Alegre. Ela foi uma das que ficaram sem sala no domingo passado e está em um grupo de WhatsApp para trocar informações sobre a reaplicação do Enem.

“Eu vou à prova”, diz. Ela diz que ouviu de outros candidatos informações desencontradas sobre a prova substituta. “Então cada um fala uma coisa e a gente não sabe o que fazer. Mas a gente tem medo de faltar”, afirma.

De acordo com o Inep, os pedidos para substituir os exames perdidos poderão ser feitos a partir da próxima segunda-feira (25) até a sexta (29).

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, declarou que os casos de salas lotadas ocorreram em 11 dos mais de 14.447 locais de prova – e que eles seriam averiguados. Citou cidades que tiveram visitas de agentes da vigilância e do Ministério Público e, afirmou, em nenhum caso houve interdição por motivos de saúde.

Tayna Bampi, de 20 anos, também estava na Uniritter em Porto Alegre e diz que pretende “chegar mais cedo e entrar na sala mais cedo também. Não acho que terá mais salas para abrir, talvez estejam contando mais com a desistência de pessoas. Acho que terá bem menos gente”, diz.

Em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo, Camila Militão, de 18 anos, também foi barrada no último domingo e pretende comparecer ao segundo dia.

“Eu vou preparada para a prova, mas temo que também não vou conseguir realizá-la de novo.” A estudante reclama que a cidade dela não foi citada pelo Inep entre as que tiveram problemas com superlotação no balanço do domingo.

O presidente do Inep afirmou na entrevista coletiva do último domingo que há divergências entre o que foi noticiado e o que está registrado na ata das salas de prova. Mas informou que qualquer participante que se sentiu prejudicado pode solicitar a reaplicação a partir de 25 de janeiro.

G1



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