A Defensoria Pública da União pediu à Justiça o adiamento das provas do Enem marcadas para 17 e 24 de janeiro. O exame estava marcado para novembro, mas foi adiado para o início de 2021 por conta da pandemia.
“Temos uma prova agendada exatamente no pico da segunda onda de infecções, sem que haja clareza sobre as providências adotadas para evitar-se a contaminação dos participantes da prova, estudantes e funcionários que a aplicarão”, diz o pedido do defensor João Paulo Dorini.
A defensoria diz ainda que “não há maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento, durante o novo pico de casos de covid-19”.
Também assinam a ação contra o Ministério da Educação (MEC) e o Inep, a União Nacional dos Estudantes (UNE, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), as entidades Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Educafro. A hashtag Adia ENEM ficou em entre as mais comentadas no Twitter na tarde desta sexta-feira (8).
O presidente do Inep, Alexandre Lopes, no entanto, descartou um novo adiamento, e citou as medidas de segurança, entre as medidas, estão:
- Uso obrigatório de máscaras para candidatos e aplicadores;
- Disponibilização de álcool em gel nos locais de prova e nas salas (a quantidade total só será conhecida após a aplicação do exame);
- Recomendação de distanciamento social no deslocamento até as salas de provas
- Identificação de candidatos do lado de fora das salas, para evitar aglomeração – haverá marcações no piso para ter distanciamento, caso haja fila
- Contratação de um número maior de salas: na edição de 2019 foram 140 mil locais de aplicação; agora serão 200 mil
- Salas de provas com cerca de 50% da capacidade máxima
- Candidatos idosos, gestantes e lactantes ficarão em salas com 25% da capacidade máxima
- Higienização das salas de aulas, antes e depois do exame
Além disso, o presidente do Inep aponta que as provas vão ser feitas aos domingos, quando há menor circulação de pessoas nas cidades. Lopes afirma que as medidas de prevenção contra o coronavírus serão as mesmas para todos os lugares.
Não haverá planejamento especial para os locais que estejam com aumento no número de casos, segundo o presidente do Inep.