Sindicato dos professores comemora suspensão de liminar que autorizava retorno das aulas na BA: ‘seria genocídio’

A decisão do presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Lourival Trindade, de suspender os efeitos de uma liminar que autorizava o retorno das aulas na Bahia foi comemorada pelo coordenador-geral do Sindicato dos Professores e Trabalhadores em Educação do Estado (APLB-Sindicato), Rui Oliveira.

Em entrevista ao BNews, ele apontou que o crescimento no número de mortes por causa do coronavírus e a falta de leitos nos hospitais para infectados mostram que não é o momento de pensar em retomar as aulas.

“Vejo essa suspensão da liminar como uma vitória da democracia e do povo porque estamos em uma fase de quase colapso total por causa da Covid-19. Até o final do ano, eram 20 mortes por dia no estado, mas agora estão sendo 60. O governador Rui Costa e o prefeito de Salvador, Bruno Reis, avisaram que, nas próximas duas semanas, pessoas podem morrer nas filas enquanto aguardam atendimento”, destacou Rui.

Ele avalia que determinar o retorno das aulas nesse contexto seria “um atentado, um genocídio”. Segundo dados da APLB, na rede estadual, são cerca de 800 mil alunos e nas redes municipais e particulares são 2,5 milhões.

“Como em plena pandemia, com as UTIs do interior lotadas, colocaremos as pessoas para transitar na cidade? A contaminação está altíssima e a situação só iria piorar. Ano letivo a gente recupera, mas vidas não. Quem se responsabilizará pela morte dos professores?”, acrescentou o coordenador-geral.



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