Amiga de professora morta na Bahia diz que vítima registrava agressões do ex com celular: ‘Me mostrava fotos’

Uma amiga da professora Luzinete Goés, 44 anos, que foi assassinada a facadas na cidade de Aurelino Leal, no sul da Bahia, disse que a vítima relatava para ela que era constantemente agredida pelo ex-companheiro, apontado como principal suspeito de cometer o homicídio, durante a relação que tiveram.

Após o crime, o homem se suicidou ingerindo veneno. Ele teria cometido o homicídio por não aceitar o fim do relacionamento. O casal deixa dois filhos, uma jovem de 19 anos e um adolescente de 14.

“A própria Luzinete chegava para mim e mostrava no celular as fotos de agressões que ela mesma tirava, dos olhos, braço e tudo. Então, foi isso que levou ela também a denunciar”, disse a amiga Áurea da Assunção.

Professora foi morta a facadas em Aurelino Leal. — Foto: Reprodução/Facebook

Professora foi morta a facadas em Aurelino Leal. — Foto: Reprodução/Facebook

Conforme Áurea, a relação do casal sempre foi marcada por brigas. “Eram muitas agressões que ele fazia”, diz.

Luzinete, que atuava como professora municipal da cidade vizinha de Ubaitaba, também na região sul, foi morta dentro da casa onde morava. Ela possuía, desde janeiro deste ano, quando denunciou que sofria agressões do ex-companheiro, padeiro Givaldo de Jesus, 46 anos, uma medida protetiva cedida pela Justiça que impedia que o homem ficasse a uma distância de 200 metros dela.

Apesar da medida protetiva, a mulher permitia a aproximação de Givaldo em alguns momentos, por causa dos dois filhos do casal.

Na delegacia da cidade onde o crime aconteceu, familiares de Givaldo disseram que o padeiro não aceitava o fim do relacionamento com Luzinete e que o casamento dos dois sempre foi marcado por constantes brigas.

“Eles estavam separados há alguns meses e, nesse período, ele vinha ameaçando, constrangendo, agredindo sua ex-companheira por conta de não aceitar o fim do relacionamento”, disse o delegado Lane Andrade, que investiga o caso.

A vítima foi enterrada na tarde desta quinta-feira, em Aurelino Leal.

Caso

Luzinete foi morta a golpes de faca, na noite de quarta-feira (24). Segundo a Polícia Civil, Givaldo de Jesus, aproveitou a ausência dos filhos da vítima na casa dela para ir até o imóvel da ex-mulher. No local, ele matou a vítima com vários golpes.

Ainda segundo a polícia, no corpo da vítima foram encontradas marcas de espancamento no rosto e no pescoço.

Aulas supensas

As aulas nas escolas das redes municipais de Ubaitaba e Aurelino Leal foram suspensas nesta quinta-feira. A prefeitura de Ubaitaba divulgou nota de pesar sobre o caso:

“A Prefeitura Municipal de Ubaitaba consternada com o trágico desfecho de um drama familiar, com a morte da professora da rede municipal de ensino Luzinete Alves Góes, vítima de um crime passional, externa seu mais profundo sentimento de pesar. Roga a Deus que conforte sua família, principalmente seus dois filhos adolescentes. Docente da Escola Municipal Escola Izolina Sá Barros, a professora Lu, se dedicava à formação de crianças e adolescentes. Agora, seus alunos e colegas se irmanam neste momento de profunda tristeza”.

*G1



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