Grupo de pastor Everaldo usou laranja, depósitos fracionados, offshore e imóveis para lavar dinheiro, diz MPF

O grupo comandado pelo Pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC, usou laranjas, imóveis, offshore e depósitos fracionados para lavar o dinheiro desviado de contratos do governo do RJ, afirma o Ministério Público Federal (MPF).

O político e seus dois filhos, Filipe Pereira e Laércio Pereira, foram presos nesta sexta-feira (28) na Operação Tris in Idem, que também determinou o afastamento do cargo do governador Wilson Witzel (PSC-RJ).

Relatórios de inteligência financeira mostram R$ 884 mil em depósitos fracionados em dinheiro nas contas de duas empresas controladas por Everaldo e os filhos. As movimentações apontam para esquemas anteriores à chegada de Witzel ao poder.

Segundo a denúncia do MPF, Everaldo “realizou dezenas de depósitos em espécie, em valor fracionado, de modo a dissimular o total da movimentação, em atividade típica de lavagem de capitais”.

“A necessidade de encobrir os valores ilícitos recebidos levou os investigados a realizarem uma série de atos de lavagem de capitais, cujas transações financeiras foram detectadas pela Unidade de Inteligência Financeira (UIF, antigo COAF).”

Os documentos mostram que a EDP Corretora de Seguros, que tem o pastor e os filhos como sócios, recebeu 176 depósitos em espécie no valor total de R$ 741.739 entre 3 de junho de 2015 e 13 de maio de 2020.

Já a Laércio de Almeida Pereira Sociedade Individual de Advocacia, empresa individual de Laércio Pereira, registrou 37 depósitos em dinheirosomando R$ 143.154, entre 2 de janeiro de 2017 e 18 de maio de 2020.



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