Na véspera de deixar o cargo, Trump divulga mensagem de despedida

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou um vídeo de despedida do mandato nesta terça-feira (19), véspera da posse de Joe Biden.

Na gravação, de quase 20 minutos, Trump desejou sorte ao novo governo — ele não mencionou o nome de Biden — e agradeceu ao vice-presidente Mike Pence. Os dois se distanciaram após o episódio da invasão ao Capitólio, quando alguns dos extremistas chegaram a gritar palavras incitando violência contra o vice.

“Todos os americanos ficaram horrorizados com a agressão ao nosso Capitólio. Violência política é um ataque a tudo que prezamos como americanos. Isso nunca pode ser tolerado”, disse Trump.

O republicano disse que nunca foi um político e que concorreu à presidência porque “sabia que havia novos e altíssimos cumes nos EUA esperando para serem escalados”. “Eu sabia que o potencial para nossa nação era grande, desde que colocássemos os EUA em primeiro lugar”, disse.

“Nossa agenda não era sobre direita ou esquerda, não era sobre republicano ou democrata, mas sobre o bem de uma nação, e isso significa toda a nação.”

Sem mencionar nenhum ponto específico, Trump disse que, “como nação mais poderosa do mundo, os EUA sofrem com constantes ameaças e desafios de fora”.

“Mas o maior perigo que corremos é a perda de confiança em nós mesmos. A perda de confiança em nossa grandeza”, afirmou.

Ao abordar a pandemia, Trump celebra vacinas e crescimento econômico

Na declaração, Trump voltou a se referir ao coronavírus como “vírus chinês” — denominação que ele tem usado desde o início da pandemia, há quase um ano — e disse que os EUA tiveram melhores resultados econômicos do que outras nações. Nesta terça, o país chegou a 400 mil mortes por Covid-19.

Trump também celebrou o rápido desenvolvimento de vacinas e disse que outros governos levariam “de três a dez anos para produzi-las”. “Nós fizemos isso em nove meses”, afirmou. A vacinação nos EUA começou em dezembro, mas autoridades temem que faltem doses nas próximas semanas.

Militares e diplomacia

Além disso, em tom de campanha e de balanço final dos quatro anos de governo, Trump celebrou a retirada dos EUA do Acordo de Paris, disse que cumpriu com as metas de aumentar a segurança na fronteira com o México e elogiou as pressões impostas a outros países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“O mundo nos respeita de novo. Por favor, não percam esse respeito”, declarou.

No campo militar, Trump celebrou o fato de não ter colocado o país em novas guerras ao mesmo tempo em que aumentou os gastos com o setor militar, inclusive criando um novo braço das Forças Armadas, a Força Espacial.

O magnata também comemorou a ação que terminou na morte do general iraniano Qassem Soleimani, há um ano, e o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. Segundo o presidente, a diplomacia americana conseguiu chegar a “acordos de paz históricos” no Oriente Médio.

“Há um amanhecer no Oriente Médio, e estamos trazendo nossos soldados de volta para casa.”
Fonte: G1


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