Vítima de sequestro concede entrevista e fala sobre o drama que viveu com sua mãe; valor do resgate foi revelado

Imagem ilustrativa: reprodução

O repórter Antônio Carlos conversou com uma das mulheres que foi sequestrada por 5 homens na noite de sábado (09/04) na localidade de Pratas, Aratuípe. Mãe e filha, Dona Odília e Lene da kombi,  foram liberadas na manhã do dia seguinte (veja aqui). Lene detalhou o momento em que foram pegas pelos suspeitos.

“A gente estava na nossa residência, na cozinha. Disseram que recebeu uma ordem de levar eu e mainha. Daqui levou uns mil e trezentos mais ou menos, e a TV e o Som. A gente passou a noite dentro do veículo. Eles no momento da viagem disseram que iam colocar a gente dentro de galpão, mas só que quando chegou próximo eles não localizaram a chave”, contou.

Dona Odília uma idosa de 79 anos, que sofre com depressão, ainda conseguiu pegar os remédios no momento em que percebeu que iria ser levada pelos criminosos. “Ela ficou nervosa por causa do problema de depressão, mas levou os remédios, deu tempo de pegar os remédios, mas ficou péssima. Ficamos com muito medo”, relatou Lene.

Resgate

Segundo a mulher, os suspeitos ligaram para seu irmão comerciante que reside no município de Camaçari e pediram o resgate. A mulher ainda contou que o valor teria começado em R$500.000 (quinhentos mil reais), mas após negociações, que vararam a noite em negociação para libertarem ela e a mãe.

“Eu coloquei a senha no aparelho, falei o nome do meu irmão, ele passou para o chefe o contato do meu irmão, e ai começou negociar com meu irmão. Fez um vídeo com eu e mainha com arma na cabeça e enviou para meu irmão. Eles começaram com quinhentos mil, mas ai meu irmão colocou um rapaz que é profissional da área que foi negociando a noite toda com eles”, detalhou.

Liberdade após momentos de apreensão 

Lene e sua mãe foram libertas na manhã do domingo após passarem por momentos de tensão e ficarem cerca de 12h sem se alimentar. Segundo a mulher, os suspeitos ofereceram comida a elas,  mas o estado em que se encontravam não permitia que se alimentassem com tranquilidade, “a comida não descia”.

O momento da soltura também foi narrado pela vítima. “Deixou a gente dentro da mata. Eles saíram, mandaram a gente andar um pouquinho e ficar aguardando eles fugirem. Ai parou dentro da mata, eles saíram tudo correndo dentro da mata, eu e mainha demos um tempinho , ai depois saímos do outro lado da pista e fomos procurar saber onde a gente estava, e encontramos um rapaz que levou a gente até Aratuípe”, explicou Lene.



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