‘Faço um apelo para que não haja violência’, diz Dilma sobre protestos

A presidente Dilma Rousseff pediu para que as pessoas não sejam violentas durante as manifestações contra seu governo programadas para domingo (13) em todo o país. Ela sobrevoou de helicóptero, neste sábado (12), o município de Franco da Rocha e outras cidades da Grande São Paulo atingidas pela chuva na madrugada de sexta-feira (11).

“Eu faço um apelo para que não haja violência. Eu acho que todas as pessoas têm direito à rua. Agora, a violência ninguém tem direito de fazer. Ninguém. Lado nenhum”, afirmou Dilma.

A presidente também pediu respeito aos manifestantes e que não haja provocação entre os grupos que apoiam e são contra o governo. “Eu acredito que o ato de amanhã deve ser tratado com todo o respeito. Não acho que seja cabível e acho que é um desserviço para o Brasil qualquer ação que constitua provocação, violência e atos de vandalismo de qualquer espécie. Então faço um apelo. Um apelo pela paz. Pela paz e pela democracia”, afirmou.

“Eu vivi em um momento em que se você se manifestasse, você ia preso. Se discordasse, você ia preso. Nós agora, não. Nós vivemos um momento que as pessoas podem se manifestar, podem externar o que pensam. E isso é algo que nós temos de preservar”, disse a presidente.

Dilma já havia falado sobre o direito à manifestação na sexta-feira.  “Temos que manter o que é vitória da democracia brasileira e uma delas é o direito à manifestação”, disse. Na ocasião, ela disse que protestos são “momento importante” para o país porque, segundo disse, afirmam a democracia. Ela pediu que os atos não sejam “manchados” por episódios de violência.

Situação política
Neste sábado, enquanto Dilma estava em SP, ocorria a convenção do PMDB em Brasília. No evento,o vice-presidente da República, Michel Temer, foi reconduzido ao cargo pelos próximos dois anos.

Os temas que predominaram nos discursos dos peemedebistas foram a defesa do impeachment de Dilma, o rompimento com o governo e um maior protagonismo do PMDB na política nacional. Também foram ouvidos da plateia vários gritos de “Fora, Dilma” e “Temer presidente”.

Embora o PMDB detenha seis ministérios, nenhum dos oradores inscritos para discursar defendeu o governo. Estavam presentes à convenção os ministros Hélder Barbalho (Portos), Marcelo Castro (Saúde), Eduardo Braga (Minas e Energia), Henrique Alves (Turismo) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), mas nenhum deles se manifestou em defesa do governo.

PMDB decidiu que a legenda não assumirá ministérios até definir se romperá ou não com o governo Dilma Rousseff. O PMDB definirá, em até 30 dias, se vai se tornar independente.

*G1

 

 



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