Deputados admitem uso de PMB para proteger mandato

Com apenas seis meses de existência, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) foi encerrado na semana passada, apesar da rápida ascensão da legenda, que chegou a ser a nova maior na Câmara dos Deputados.

Segundo informações do IG, parlamentares recém-filiados à legenda admitiram que não pretendiam realmente permanecer no novo partido, mas apenas proteger o mandato.

O fenômeno PMB, que em pouquíssimo tempo atraiu 22 parlamentares para seus quadros, apesar de ter apenas duas mulheres, é apontado como a principal razão para o Senado Federal ter votado a Proposta de Emenda Constitucional que criou a janela partidária.

De acordo com a publicação, a proposta que criava a janela para a troca de partidos ainda não havia sido aprovada pelo Senado. Portanto, filiar-se a agremiações recém-criadas era a única alternativa para mudar de legenda sem correr o risco de perder o mandato para o partido anterior.

“Nós tínhamos dúvidas sobre se a janela partidária seria aprovada, então o PMB foi usado como uma passagem para outros partidos. O meu objetivo sempre foi ir para o PTN, então o PMB foi apenas o caminho que eu encontrei para fazer isso”, admite o deputado Teobaldo, que irá assumir a presidência do diretório pernambucano do PTN.

Eleito pelo PT em 2014, o deputado Toninho Wandscheer (PR) reconhece que começou a conversar com o PROS, sua atual legenda, antes mesmo de se filiar ao PMB, no qual ficou por apenas quatro meses.

“Quando fui para o Partido da Mulher, ainda não existia a janela partidária e eu já tinha decidido sair do PT porque a minha base é evangélica e eu tinha dificuldades com isso por causa dos posicionamentos do partido”, afirma o parlamentar. “A única oportunidade para sair do PT sem perder o mandato era pelo PMB. Mas eu já tinha sinalizado que possivelmente iria para o PROS”.

*NM

 



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