Nesta quinta-feira (31), o senador José Serra (PSDB), está participando do IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito em Lisboa, Portugal, e durante a palestra comentou sobre o atual cenário político brasileiro.
Serra enfatizou que o Brasil vive o período mais extenso em sua democracia, o que trouxe um avanço econômico ao país: “Nesse período, tivemos uma diminuição das desigualdades sociais. Não ultrapassou a fronteira do subdesenvolvimento, mas teve avanços consideráveis.”
Ao falar dos direitos democráticos dos brasileiros, o senador também comentou sobre uma possível ‘intervenção militar’: “Se Deus quiser o fator militar na política continuará ausente”, ressaltou.
O senador criticou duramente o governo do PT e falou de sua experiência como prefeito da cidade de São Paulo: “Maior parte de minha agenda com o ex-presidente Lula era sobre a falta de apoio e incentivo para a cidade e principalmente para a indústria. Lula fez o Brasil consumir, trouxe uma hiper valorização da moeda, concorrência chinesa, a balança externa foi torrada em consumo”, reforçou.
José Serra apontou os principais fatores para os problemas econômicos que o país enfrenta: Dilma entrou no governo com o Real super valorizado, e teve que criar a inflação, piorando a performance econômica. No segundo mandato, a presidente teve uma crise de imagem no exterior. Sem crédito de investidores e a alta do consumo, fez o Brasil entrar nesta crise”, disse.
Sobre um possível golpe, Serra foi direto: “A situação do país no Golpe de 1964 era muito mais tranquilo do que agora. Eu nunca acreditei que Dilma poderia concluir seu segundo mandato. Nos vivemos num sistema político, que não existe um presidente deixar o governo sem trauma. É um processo político, com direção jurídica.”
Após discursar sobre os 30 anos da democracia no Brasil, José Serra voltou a defender o parlamentarismo. ” Eu tenho defendido o parlamentarismo. O PSDB se formou a partir dos integrantes da constituinte”, finalizou.
*NM
