O ex-governador da Bahia, ministro-chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner (PT), afirmou que as empresas e empresários que cometeram crimes devem ser punidos, mas voltou a defender a necessidade das estruturas serem preservadas.
Em entrevista ao Estadão, Wagner disse que do ponto de vista da tecnologia a Odebrecht é reconhecida. “Agora, se tudo isso foi criado por uma via escusa, acho que tem que punir”, declarou o ministro. Contudo, o ex-governador reiterou que não é interessante “destruir” uma empresa brasileira para que venha outra do exterior ocupar o espaço.
Na mesma entrevista ao periódico paulista Wagner ressalta que se sente tranquilo para falar da Odebrecht, pois a empresa não “faturou nada em oito anos do meu governo. Não ganhou o metrô, via expressa, nada”. O ex-governador se esquece da mencionar a Arena Fonte Nova, onde o consórcio vencedor é integrado pela Odebrecht e o OAS.
Sobre o PMDB desembarcar do governo Dilma no dia 29 de março, o chefe de gabinete da presidência diz que o partido está dividido e que ainda é prematura cravar a saída da base. “Quando eu digo que não há desembarque é porque hoje consideraria que o PMDB está rachado. Na minha opinião não muda (até a data)”.
*Bocão news
