Esquema de Furnas pagava 3 milhões por mês 

  
Com a intenção de voltar ao comando do PTB, após perdão da pena de sete anos e 14 dias de prisão no processo do chamado mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson diz ver relação do esquema com a corrupção na Petrobras. Em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’, ele faz acusações contra o ex-presidente Lula e revela como funcionava o pagamento de propina em Furnas.
Segundo ele, Dimas Toledo, então diretor de engenharia, contou a ele pessoalmente que sua diretoria rendia apoio de R$ 3 milhões por mês, sendo uma parte ao PT e mais R$ 600 mil a 12 deputados do PSDB. Indicado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) para o cargo, Dimas fez fortuna manipulando licitações na estatal. Ele teria sido também responsável por operacionalizar o chamado mensalão de Furnas, que beneficiou diversos políticos.

Jefferson afirmou ainda que fechou um acordo prévio com Dimas para entrar no esquema em nome do PTB, mas que foi anulado. ‘Estava fechado e marcamos encontro com o presidente Lula para comunicar que não precisava trocar o Dimas, que tinha esse acordo. Eu, Zé Dirceu, Walfrido dos Mares Guia, que era ministro do PTB, e o presidente Lula. Lula perguntou “quando esse cara de vocês, Spirandel, assume?” Eu disse que havia o acordo de convivência do PTB com o PT. (Lula disse) “Quero ouvir de você”. E eu contei o que acabei de dizer para você. Lula disse “não estou de acordo, porque esse Dimas é o cara do Aécio, só faz propaganda para o governo de Minas, do Aécio, se vocês não trocarem eu vou trocar”. Eu disse “então bota o Spirandel”’, contou.

Na entrevista, o ex-deputado se disse ainda favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, embora aposte na prisão do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara; “Eduardo é o bandido pelo qual eu mais torço”, diz (leia



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