Marina e Rede pedem novas eleições em programa na TV

Em seu primeiro programa em cadeia nacional, a ser veiculado a partir das 20h30 desta terça (19), nas principais emissoras, a Rede de Marina Silva pede a convocação de novas eleições. No vídeo de dez minutos ao qual a reportagem teve acesso, Marina Silva responde a perguntas de 50 estudantes do ensino médio de São Paulo. Os alunos são de escolas públicas -muitos integrantes do movimento de ocupação da Escola Fernão Dias. O bate-papo não teve pauta pré-combinada nem marqueteiro envolvido, segundo a Rede, e durou cerca de quatro horas. Os parlamentares Randolfe Rodrigues e Alessandro Molon e o porta-voz da Rede, Zé Gustavo, também participam da conversa. Questionada sobre o que acha da atual gestão de Dilma Rousseff, Marina diz: “Este governo cometeu erros que estão causando prejuízo enorme para a população brasileira”. E completa: “É o atraso da política que faz com que as pessoas entrem no governo com um projeto de poder, não de um país. Você tem que ficar o tempo que o povo permitir. Mas mo tempo em que ficar, você faça o que tem que ser feito”. Depois, aparecem mensagens didáticas da Rede explicando como pedir novas eleições: “A grave crise que passamos não se resolve apenas pelo impeachment. Muitos partidos estão envolvidos em corrupção e usam o poder para evitar denúncias da operação Lava Jato”, diz o texto. “O TSE deve apurar o uso de dinheiro da corrupção na campanha de Dilma e Temer. E, se for comprovado, convocar novas eleição. Nova eleição é a solução!”. Marina também fala que são feitas “coisas horrorosas” em nome da governabilidade. “Uma boa governabilidade não é pragmática, é programática”, afirma. “A pragmática é esta: preciso de apoio no Congresso e você quer um ministro pra chamar de seu, uma estatal pra ficar fazendo coisas como fizeram na Petrobras, aí dá para aquele partido.” PROGRAMA O programa, orçado em R$ 189 mil, foi produzido pela Maria Farinha Filmes e pago com verba proveniente do fundo partidário da Rede. O roteiro foi feito de maneira colaborativa por um grupo que contou com os diretores Fernando Meirelles e Tadeu Jungle, Antonio Alves, Basileu Margarido, Maristela Lobo, Andrea Gouveia Vieira, entre outros. A direção é de Gisela Morreau e Felipe Poço, ambos da executiva da Rede. No debate, os estudantes falam de polarização, perguntam como a Rede pode entrar “nesse jogo” e processo político com uma “instabilidade” tão grande. Molon diz que a mudança “não vai vir dos políticos”, mas que esses devem estar a serviço da mudança a ser construída com a sociedade. Marina também declara que não se pode entrar para a política com um salário de “24, 30 mil reais e ir adquirindo as fortunas que a gente vê por aí. Alguma coisa tá errada.”

 



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