Temer recua e admite nomear homem para chefiar Cultura

Com a resistência de nomes sondados para assumir a Secretaria Nacional de Cultura, o governo federal já admite a possibilidade de recuo na iniciativa de colocar uma mulher na chefia do órgão, cuja estrutura, no governo de Michel Temer, está subordinada ao Ministério da Educação.

Assim, surgiram nomes como do músico Sérgio Sá e do cineasta ex-secretário da Cultura de São Paulo Carlos Calil entre possíveis candidatos. Outro cotado é o cineasta João Batista de Andrade, atual diretor do Memorial da América Latina. O nome dele foi oferecido pelo PPS.

Batista confirmou, na noite desta terça-feira (17) ter sido sondado para o posto. “Fui sondado. Espero poder conversar para saber as condições e sobre o ministério. Só aí poderei decidir”, disse.

Questionado se havia sido o próprio ministro da Educação, Mendonça Filho, quem o procurou, o cineasta afirmou que “ainda nem existe o convite” e que está “pensando e esperando [ser procurado]”.

Temer recebeu uma série de críticas por não ter colocado mulheres em seu ministério.Com isso, o governo passou a procurar um nome feminino para ocupar a secretaria, mas várias recusaram o convite.

Ex-secretária nacional de Economia Criativa da Cultura, a antropóloga Cláudia Leitão (CE) publicou texto afirmando que respondeu com um “sonoro não” ao contato de aliados de Temer para comandar a secretaria.

Consultora de projetos culturais e coordenadora de curso de pós-graduação da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Eliane Costa escreveu ter sido sondada, mas, segundo ela, respondeu que não trabalha para “governo golpista” e que não será “coveira do MinC”.

Outro nome sondado para a secretaria foi o da jornalista e apresentadora Marília Gabriela, que, mesmo sem receber convite oficial, declinou da possibilidade. Nesta terça (17), a atriz e diretora Bruna Lombardi divulgou, por meio de sua assessoria, nota em que afirma ter recusado o cargo.

INSATISFAÇÃO

Prédios públicos de ao menos dez capitais estão ocupados ou são alvos de protesto de manifestantes contrários à extinção do Ministério da Cultura, incorporado à pasta de Educação pelo governo interino de Michel Temer.

A classe artística também manifestou intenção de promover ocupações, shows e cartas de repúdio para lutar contra a extinção do Ministério da Cultura.A Comissão de Educação do Senado aprovou na terça a convocação do ministro Mendonça Filho (Educação e Cultura) para que ele explique ao colegiado como a pasta manterá os programas e projetos da área cultural após a extinção do MinC. Não há data para a audiência pública. Com informações da Folhapress.



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